Segundo a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), não há, neste momento, pacientes internados com suspeita de terem sido picados pelo carrapato-estrela, transmissor da bactéria Rickettsia rickettsii. Até o fim da próxima semana, a Zoonose municipal deverá divulgar o laudo referente à população de carrapatos no entorno da Pampulha.
O temor de que moradores sejam atingidos pela febre maculosa aumentou no início de setembro, quando o escoteiro Thales Martins Cruz, então com 10 anos de idade, morreu com sintomas da doença, que teria sido contraída no Parque Ecológico da Pampulha, lugar em que ele esteve com outras crianças.
Sete dias depois, o garoto teve dores de cabeça e manchas na pele. Procurou atendimento médico e foi diagnosticado, inicialmente, com sinusite. Numa segunda consulta, dengue.
O caso ganhou repercussão nacional e despertou atenção das autoridades . Técnicos da Zoonose percorreram a orla do cartão-postal atrás de eventuais focos de carrapatos, transportados pelas capivaras que vivem na região.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), foram registrados 111 casos e 46 óbitos por causa da doença nas principais macrorregiões mineiras entre 2008 e 2016. “As que apresentaram maior frequência de casos foram Centro (26%), Sudeste (22,9%), Leste (15,6%) e Oeste (12,5%). Os municípios com maior número de registros da doença foram Divinópolis (8,3%), Juiz de Fora (7,2%), e Diamantina (4,2%). Em 2016, até o momento, foram 10 casos confirmados e quatro óbitos”.