A discussão também ganhou espaço fora do mundo virtual, onde as opiniões se dividem, embora tradicionais produtores da iguaria lembrem que, se provar do pão de queijo das Gerais, Oliver não se esquecerá jamais.
“Ele fez esse comentário porque ainda não veio aqui comer o nosso pão de queijo. Temos o produto legítimo, sempre fresquinho, feito com queijo canastra e ovo caipira, sem qualquer tipo de essência”, diz a supervisora, Maria Fernanda, da loja Dona Diva Café e Quitandas, há oito anos no Mercado Central, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Márcia Nunes, filha da dona de restaurantes Dona Lucinha e autora, com a mãe, do livro História da arte da cozinha mineira, parte do princípio de que gosto não se discute. Estudiosa da gastronomia mineira, Márcia conta que é muito difícil determinar a data exata ou o local onde nasceu o pão de queijo, sabidamente dos tempos coloniais.
No post que gerou o embate, Oliver escreveu: “os pães de queijo, essas crocantes bolinhas de massa com um irresistível sabor de fazenda, são comidos de manhã ou como lanche no Brasil inteiro. O segredo para este petisco irresistível é a farinha de mandioca (polvilho azedo), que dá aos bolinhos uma textura inigualável. Os melhores que experimentamos foi em uma padaria minúscula em São Paulo, e gostamos de acreditar que nossa receita chega bem perto”. Mesmo não sendo mineira, uma internauta deu o troco. “Não sou mineira, mas o melhor pão de queijo que já comi é o mineiro, com queijo canastra, que só é encontrado em Minas.
RB
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