O estudante de medicina Henrique Papini, de 22 anos, espancado em 7 de setembro na saída da boate Hangar 677, em Belo Horizonte, está com sequelas provocada pelas agressões. A confirmação foi feita pela mãe do jovem, a dentista Andrea Renno de Figueiredo Moraes, de 54 anos, em entrevista à TV Alterosa. Segundo ela, o universitário não está escutando de um ouvido e apresenta paralisia parcial na face. Enquanto ele se recupera, o delegado Flávio Grossi, da 4ª Delegacia de Polícia Civil do Barreiro, aguarda resultado dos exames feitos na vítima pelo Instituto Médico-Legal (IML), que devem detalhar as lesões sofridas.
Leia Mais
Inquérito que apura espancamento de jovem em porta de boate de BH entra na fase finalSuspeito de agredir universitário na saída de boate em BH é soltoJovem afirmou ter dado chute em universitário em boate, diz delegadoMais um caso de agressão em saída de boate expõe problema em Belo HorizonteCaso de jovem agredido na porta de boate foi o quinto deste ano em BH e região metropolitana"Espero que a punição seja justa", diz jovem agredido em boate de BHVídeo mostra agressão a estudante de medicina na saída de boate em BHEnvolvidos no espancamento de estudante em boate de BH são levados pela políciaDelegado diz que estudante sofreu ameaças dias antes de ser espancadoMãe de estudante espancado: 'Ele chegou desacordado. O mundo acaba'. Assista à entrevista:
O inquérito que investiga o caso está em fase final, mas outros depoimentos podem ser tomados. “Além dos resultados do IML, podemos fazer novas oitivas. Acredito que daqui a duas semanas conseguiremos concluir o trabalho”, afirma Flávio Grossi. Ele não descarta indiciar Rafael Bicalho, principal suspeito do crime, por tentativa de homicídio.
As agressões aconteceram em 7 de setembro. Henrique Papini estava acompanhado de um colega e de uma amiga quando foi agredido. Com traumatismo craniano e de face, além de outras lesões, o rapaz foi levado para o Hospital Biocor e chegou a ficar em coma. Teve alta após três dias, mas voltou a ser internado na quinta-feira, sendo necessário manter o tratamento.
Rafael Bicalho foi preso em 16 de setembro, mas por violência contra a ex-namorada. Era ela quem estava com o estudante Henrique Papini na noite em que ele foi agredido. Ao justificar a detenção de Rafael, a delegada Ana Paula Balbino afirmou que “foi necessária a representação da prisão preventiva do investigado, a fim de preservar a integridade da vítima (a ex-namorada), tendo em vista a gravidade dos fatos e últimos acontecimentos entre as partes”.
O jovem acabou solto no último sábado, depois de audiência com a defesa. O juiz considerou que Rafael preenche os requisitos legais de liberdade.