Mesmo com uma decisão judicial determinando que a Prefeitura de Belo Horizonte recolha as capivaras do entorno da Lagoa da Pampulha, a medida ainda não tem data para ser cumprida. A administração municipal informou que vai acatar a exigência do desembargador federal Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF), mas não informou prazo. Diante do impasse, a associação de moradores do Bairro Bandeirantes, autora da ação, iniciou mobilização para a população enviar imagens dos animais soltos na região. O material servirá de base para petição que será enviada ao desembargador caso a PBH não retire os roedores até o início da próxima semana.
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Uma reunião foi convocada por membros da associação no início da próxima semana para avaliar as medidas tomadas pela prefeitura. Caso nada seja feito, a Justiça deverá ser acionada novamente. “Já estamos fiscalizando. Se os moradores virem capivaras soltas na orla da Pampulha, que nos mandem fotos. Vamos reunir material, pois se a retirada não for feita, vamos solicitar as medidas que constam na ação, como aplicação de multas e outras sanções cabíveis em caso de descumprimento”, afirma Renata.
VAIVÉM NA JUSTIÇA O embate judicial em torno das capivaras da Lagoa da Pampulha começou na 20ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte, no ano passado, em ação proposta pelo município contra o Ibama. A prefeitura defendia o recolhimento dos animais, com indicação do instituto sobre onde deveriam ser mantidos.
Segundo a advogada Renata Vilela, a associação de moradoras do Bandeirantes quer que outros animais, como cavalos e cachorros que vivem na região e que podem ser hospedeiros do vetor da febre maculosa, recebam atenção da administração municipal. “Nós estamos terminando o recolhimento de assinaturas de dirigentes de outras associações em torno da lagoa para requerer ao Ministério Público que chame o município para cumprir uma lei municipal na qual está prevista as medidas necessárias sobre os outros hospedeiros”, disse..