A disputa entre gangues por conta do tráfico de drogas em um aglomerado do Bairro Concórdia, Região Nordeste e Belo Horizonte, foi o que motivou o assassinato do casal Lara Ferraz Messina, de 17 anos, e Victor Almeida de Oliveira, de 23. Segundo a Polícia Civil, as vítimas foram espancadas até a morte por Rafael Henrique Siqueira, de 19 anos, durante o baile funk Segunda Sem Lei, realizado clandestinamente na Praça do Papa, no Bairro Mangabeiras, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O suspeito foi apresentado nesta sexta-feira.
O caso foi investigado pela equipe da delegada Ingrid Estevam, da Delegacia Especializada de Homicídios Centro-Sul. Segundo a policial, Victor e Rafael moravam no mesmo bairro e pertenciam a diferentes gangues que agem nas chamadas parte alta e parte baixa, onde há disputa pelo tráfico de drogas. Conforme as investigações, Victor estava envolvido e começou a fabricar e vender entorpecentes. “Ele começou a fabricar loló e também comprar maconha para poder vender por conta própria ali na região. Sabendo disso, a gangue rival, interessada no domínio integral da região e na venda, começou a ter o Victor como alvo para poder executá-lo e bem como tirar ele desse comércio ilegal que estava ocorrendo ali individualmente”, explica Ingrid Estevam.
Por conta disso, o jovem passou a ser ameaçado por Rafael e demais integrantes da gangue, conforme a policial. A tensão teve seu ápice no fim da noite de 1º de fevereiro durante o baile na Praça do Papa, onde os dois se encontraram. “Victor e Rafael se desentenderam e durante essas discussões na festa acabou por ocorrer agressões físicas. Rafael agredindo Victor incansavelmente. A Lara vendo essa situação tentou intervir e acabou também sendo agredida pelo Rafael”, diz a delegada.
Segundo o boletim de ocorrência feito na época, Victor foi levado para o Hospital João XXIII, onde chegou em parada cardiorrespiratória e morreu. Lara foi levada para o hospital particular da Região Centro-Sul de Belo Horizonte, mas também não resistiu. Ambos sofreram traumas na cabeça. De acordo com a delegada, minutos antes do crime, a adolescente recebeu uma ligação da mãe, conforme a mulher contou em depoimento. “Ela (mãe) ligou e falou, 'Lara, retorne para casa porque já está tarde', e a Lara falou, 'Daqui a pouco eu desço”. Lara morava próximo. Porém, nesse intervalo de minutos, a última notícia que a mãe recebeu foi da morte da filha”.
Conforme Ingrid Estevam, as investigações mostraram que Rafal agiu sozinho e com as próprias mãos, sem usar objetos nas agressões. Segundo ela, um grupo impediu que outras pessoas separassem a briga. “Deixaram com o Rafael para poder resolver a situação. “Inclusive, após as agressões, enquanto Lara e Victor já estavam caídos ao solo, Rafael proferiu os seguintes dizeres: 'Avisa pra quem quiser saber que quem cometeu esse homicídio foi o Rafael do Pombal'. Ele deixou claro, proferiu o nome dele e a localização dele”, diz Ingrid. Pombal é a região do aglomerado onde o suspeito vivia.
Após o crime, algumas pessoas começaram a compartilhar fotos de Rafael nas redes sociais apontando o rapaz como o responsável pelas mortes. A Justiça decretou a prisão preventiva de Rafael. Equipes da Polícia Civil foram até o bairro diversas vezes, mas não conseguiram localizar o suspeito. No entanto, após receber denúncias, a equipe conseguiu localizá-lo em 7 de outubro. Conforme a delegada, ele chegou a fugir pelos telhados das casas do aglomerado, mas acabou capturado.
A Polícia Civil informou que ele já tem passagens por receptação, corrupção de menores e outros delitos. “Ele nega o crime. Porém afirma que estava no local. Ele vai negar porque é um duplo homicídio”, comenta Ingrid Estevam. “O casal foi morto em decorrência das agressões físicas ocasionadas pelo Rafael e o laudo de necrópsia aponta traumatismo em ambas as vítimas”, detalha. Durante sua apresentação à imprensa hoje, o suspeito permaneceu em silêncio.
SEGUNDA SEM LEI O baile funk onde Lara e Victor foram assassinados aterrorizou os moradores do Bairro Mangabeiras durante vários meses. O Segunda sem Lei era marcado por meio das redes sociais e reunia centenas de pessoas no cartão-postal de Belo Horizonte, entre o fim da noite de segunda e manhã de terça-feira.
Segundo os moradores, era comum ver motociclistas realizando manobras perigosas, além do consumo de drogas, bebidas alcoólicas e som alto. Com medo da violência, algumas famílias chegavam a se mudar para quartos de hotéis nos fins de semana.
Depois da morte do casal, a Polícia Militar realizou operações na região, afastando os frequentadores do baile clandestino. A Guarda Municipal também intensificou a segurança no entorno.
O caso foi investigado pela equipe da delegada Ingrid Estevam, da Delegacia Especializada de Homicídios Centro-Sul. Segundo a policial, Victor e Rafael moravam no mesmo bairro e pertenciam a diferentes gangues que agem nas chamadas parte alta e parte baixa, onde há disputa pelo tráfico de drogas. Conforme as investigações, Victor estava envolvido e começou a fabricar e vender entorpecentes. “Ele começou a fabricar loló e também comprar maconha para poder vender por conta própria ali na região. Sabendo disso, a gangue rival, interessada no domínio integral da região e na venda, começou a ter o Victor como alvo para poder executá-lo e bem como tirar ele desse comércio ilegal que estava ocorrendo ali individualmente”, explica Ingrid Estevam.
Por conta disso, o jovem passou a ser ameaçado por Rafael e demais integrantes da gangue, conforme a policial. A tensão teve seu ápice no fim da noite de 1º de fevereiro durante o baile na Praça do Papa, onde os dois se encontraram. “Victor e Rafael se desentenderam e durante essas discussões na festa acabou por ocorrer agressões físicas. Rafael agredindo Victor incansavelmente. A Lara vendo essa situação tentou intervir e acabou também sendo agredida pelo Rafael”, diz a delegada.
Segundo o boletim de ocorrência feito na época, Victor foi levado para o Hospital João XXIII, onde chegou em parada cardiorrespiratória e morreu. Lara foi levada para o hospital particular da Região Centro-Sul de Belo Horizonte, mas também não resistiu. Ambos sofreram traumas na cabeça. De acordo com a delegada, minutos antes do crime, a adolescente recebeu uma ligação da mãe, conforme a mulher contou em depoimento. “Ela (mãe) ligou e falou, 'Lara, retorne para casa porque já está tarde', e a Lara falou, 'Daqui a pouco eu desço”. Lara morava próximo. Porém, nesse intervalo de minutos, a última notícia que a mãe recebeu foi da morte da filha”.
Conforme Ingrid Estevam, as investigações mostraram que Rafal agiu sozinho e com as próprias mãos, sem usar objetos nas agressões. Segundo ela, um grupo impediu que outras pessoas separassem a briga. “Deixaram com o Rafael para poder resolver a situação. “Inclusive, após as agressões, enquanto Lara e Victor já estavam caídos ao solo, Rafael proferiu os seguintes dizeres: 'Avisa pra quem quiser saber que quem cometeu esse homicídio foi o Rafael do Pombal'. Ele deixou claro, proferiu o nome dele e a localização dele”, diz Ingrid. Pombal é a região do aglomerado onde o suspeito vivia.
Após o crime, algumas pessoas começaram a compartilhar fotos de Rafael nas redes sociais apontando o rapaz como o responsável pelas mortes. A Justiça decretou a prisão preventiva de Rafael. Equipes da Polícia Civil foram até o bairro diversas vezes, mas não conseguiram localizar o suspeito. No entanto, após receber denúncias, a equipe conseguiu localizá-lo em 7 de outubro. Conforme a delegada, ele chegou a fugir pelos telhados das casas do aglomerado, mas acabou capturado.
A Polícia Civil informou que ele já tem passagens por receptação, corrupção de menores e outros delitos. “Ele nega o crime. Porém afirma que estava no local. Ele vai negar porque é um duplo homicídio”, comenta Ingrid Estevam. “O casal foi morto em decorrência das agressões físicas ocasionadas pelo Rafael e o laudo de necrópsia aponta traumatismo em ambas as vítimas”, detalha. Durante sua apresentação à imprensa hoje, o suspeito permaneceu em silêncio.
SEGUNDA SEM LEI O baile funk onde Lara e Victor foram assassinados aterrorizou os moradores do Bairro Mangabeiras durante vários meses. O Segunda sem Lei era marcado por meio das redes sociais e reunia centenas de pessoas no cartão-postal de Belo Horizonte, entre o fim da noite de segunda e manhã de terça-feira.
Segundo os moradores, era comum ver motociclistas realizando manobras perigosas, além do consumo de drogas, bebidas alcoólicas e som alto. Com medo da violência, algumas famílias chegavam a se mudar para quartos de hotéis nos fins de semana.
Depois da morte do casal, a Polícia Militar realizou operações na região, afastando os frequentadores do baile clandestino. A Guarda Municipal também intensificou a segurança no entorno.