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Estado de Minas

Aposentada reencontra equipe que a salvou do mar de lama na tragédia da Samarco

Darci Francisca dos Santos, de 67 anos, foi retirada com a ajuda de um helicóptero e se emocionou, nesta segunda-feira, ao reencontrar policiais que a salvaram


postado em 17/10/2016 18:52 / atualizado em 17/10/2016 21:58

Aposentada Darci Francisca dos Santos, de 63 anos, reencontra equipe que a salvou de helicóptero do mar de lama(foto: Divulgação/Polícia Civil)
Aposentada Darci Francisca dos Santos, de 63 anos, reencontra equipe que a salvou de helicóptero do mar de lama (foto: Divulgação/Polícia Civil)

Sobreviventes do rompimento da Barragem do Fundão são ouvidos pela Polícia Civil e submetidos a exames para avaliar as sequelas sofridas. É o terceiro inquérito instaurado para investigar as lesões corporais graves provocadas em decorrência da tragédia que matou 19 pessoas e provocou o maior desastre ambiental do país, em 5 de novembro, em Mariana, Região Central de Minas.

A aposentada Darci Francisca dos Santos, de 63 anos, foi a sétima vítima ouvida e submetida a exame de corpo de delito complementar, na tarde desta segunda-feira, no posto de medicina legal de Ouro Preto, também na Região Central do estado.

A aposentada se emocionou ao reencontrar a equipe de bombeiros e policiais civis que a resgatou, com ajuda de um helicóptero, do mar de lama que se formou com os rejeitos da barragem da Mineradora Samarco e que destruiu comunidades inteiras.

“Os helicópteros passavam e não me viam. Quando iam embora, eu pensava: agora não tem jeito mais. Mas quando colocaram a luz em mim, pensei, agora estou salva”, contou a aposentada. O socorro chegou para ela duas horas depois do rompimento da barragem. “Realizar o salvamento foi muito gratificante. Nessa hora não houve tempo de ter medo, mas sim coragem e disposição para tomar a atitude. Certamente, é um fato muito marcante para a vida da gente”, disse o delegado da Polícia Civil Ramon Sandoli, que fez parte da equipe de socorro.

O delegado responsável pelo inquérito, Rodrigo Bustamante, disse que, além de Darci, outras seis pessoas já foram ouvidas, entre vítimas, testemunhas e um médico. “A senhora prestou depoimento para falar das lesões sofridas e das sequelas que ficaram após o fato. A intenção do inquérito é verificar se há vinculação entre sequelas e lesões”, disse o policial.

Além dos depoimentos, as vítimas são submetidas a exames de corpo de delito indireto, com base em laudos e relatórios médicos do atendimento prestado à época e também por exame complementar pela equipe do Posto de Medicinal Legal.

O terceiro inquérito foi instaurado em 29 de setembro, em atendimento à requisição do Ministério Público Federal (MPF), através da Procuradoria da República no Estado de Minas Gerais. “O procedimento apura vítimas do crime de lesão corporal de natureza grave, previsto no art. 129, parágrafos 1º e 2º, do Código Penal”, informou a Polícia Civil.

Segundo o delegado, o prazo para conclusão do trabalho é de 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período se houver necessidade.


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