O Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil (Deoesp) apresentou, na manhã dessa terça-feira, quadrilha especializada em usar explosivos para assalto a bancos e postos de combustíveis em Belo Horizonte, Região Metropolitana e interior de Minas.
A operação, que terminou com a prisão dos suspeitos na última quinta-feira, foi denominada “4M”. Segundo a corporação, o nome se refere à forma como o grupo comemorava as ações: com Música, Mulher, Maconha e Malote. O termo malote faz referência ao dinheiro adquirido com o roubo aos caixas eletrônicos. Cerca de 30 ataques com explosivos foram atribuídos aos presos, que causaram um prejuízo de cerca de um milhão e quinhentos mil reais.
A prisão aconteceu em Oliveira, cidade da Região Centro-Oeste do estado. A Polícia Civil suspeita que, na ocasião, usando dois veículos roubados e um regular, o bando se deslocava para o distrito de Morro dos Ferros para assaltar uma agência da cidade.
As investigações apontaram para César Santos da Silva, Rafael Dias da Silva (mais conhecido como “Frangão”), Rafael Rodrigues da Silva (conhecido com “Fael”), Robson Nascimento da Silva, Douglas Carias Gouveia Silva, Renato Pereira da Cruz e Jeferson Luis Gomes da Silva como integrantes da quadrilha.
Dois homens que estariam envolvidos nas ações criminosas ainda são investigados. Outros cinco estão presos preventivamente por explosão em uma agência bancária em Felixlândia em agosto deste ano. Mais três homens também estão presos em Coronel Murta, no Norte do estado, pela explosão de caixas eletrônicos no mesmo mês, sendo que o carro de um deles foi encontrado com a quadrilha apresentada nessa manhã.
O grupo era investigado havia cerca de 10 meses e tinha César e Rafael como principais integrantes, segundo a polícia. O primeiro seria o líder da quadrilha, enquanto o segundo seria o principal responsável pelas ações que envolviam os explosivos, devido à habilidade no manuseio do material.
De acordo com as investigações, as ações eram bem planejadas e possuíam um modus operandi comum. O Deoesp apurou que os ataques contavam com ronda no entorno da agência, uso de arma de grosso calibre para a segurança da ação, patrulhamento em companhias policiais próximas e espalhamento de objetos metálicos para furar o pneu de viaturas.