O cumprimento das exigências das autoridades ambientais e a retomada das operações da Samarco em meados de 2017 são viáveis, avalia o diretor executivo de Recursos Humanos, Sustentabilidade e Integridade Corporativa da Vale, Clovis Torres. A produtora de pelotas controlada pela Vale e pela BHP Billiton está parada desde o rompimento da Barragem do Fundão, em novembro do ano passado, e aguarda a concessão de uma licença ambiental que permitiria o uso de uma cava exaurida para depósito de rejeitos. É uma alternativa para a empresa voltar a operar sem a barragem.
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O executivo acredita que há tempo hábil para que a companhia cumpra todas as exigências das autoridades ambientais até meados do próximo ano. Parada há 10 meses, a Samarco não gera caixa e passa a ter dificuldades para honrar seus compromissos financeiros.
Para Torres, existe um esforço não só dos acionistas, mas da sociedade, para o retorno das atividades da Samarco, que gerava tributos e empregos para a região. "Não faz sentido imaginar que toda vez que ocorra um acidente a empresa tenha, como penalidade, que deixar de existir", disse Torres.
De acordo com o diretor executivo da Vale os sócios e a empresa estão trabalhando para evitar novos acidentes no período de chuvas que se inicia, fazendo dragagem no que restou de rejeitos e criando diques de contenção abaixo do que restou da Barragem do Fundão. "O plano de contingência está preparado e prefeitos estão sendo alertados para evitar qualquer novo acidente", disse após participar da abertura do 24º Congresso Mundial de Mineração, no Rio.
(RG)
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