De acordo com a Polícia Militar (PM), o jovem estava com um grupo de amigos quando embarcou no coletivo da linha 9032 (Granja de Freitas). O motorista contou à PM que os rapazes estavam no fundo ônibus começaram a brincar de luta, dando chutes uns nos outros.
Conforme a PM, o condutor disse que o adolescente se apoiou em uma das janelas para dar um chute em um outro garoto, quando o vidro cedeu e ele caiu. O motorista do ônibus disse que percebeu o acidente quando os passageiros gritaram. Ele parou e o veículo e chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os rapazes confirmaram a versão do motorista, segundo a PM.
“A gente começou uma brincadeirinha, de lutinha. Ele subiu na cadeira e foi brincando com a gente. Acho que o ônibus deve ter dado uma balançada, numa curva. Ele foi meio que dar um chute e escorou o braço na janela”, explica um dos amigos da vítima, que tem 21 anos e pediu para não ser identificado. O jovem suspeita que a janela já estava com um defeito. “O vidro nem chegou a quebrar. Já estava bamba, já estava solta. Não posso te dizer que a culpa foi da janela mas, conforme ele escorou, se ela estivesse dcado uma formação teria dado uma bambeada”, detalha.
O adolescente foi levado para o Hospital João XXIII com um ferimento na cabeça. A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), responsável pelo hospital, informou que o estado de saúde é grave e ele respira com ajuda de aparelhos. Segundo informações do local, o rapaz está há dois anos em São Paulo, onde joga na categoria sub-20 do Taubaté. Ele tirou algumas semanas de folga e se apresentaria ao time ainda nesta quarta.
De acordo com a BHTrans, a última vistoria realizada no ônibus ocorreu em 27 de julho e ele foi autorizado para tráfego. A próxima estava marcada para janeiro de 2017, mas o coletivo já foi recolhido para uma nova análise. A empresa de trânsito também vai averiguar as imagens do acidente capturadas pelas câmeras de segurança do ônibus.
Por sua vez, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) informou só se pronunciará sobre o acidente após a conclusão dos trabalhos de perícia técnica, “para não incorrer em julgamentos precipitados”. Por meio de nota, a entidade informou que todos os coletivos passam por revisões permanentes e limpeza diárias, que as empresas cumprem o cronograma de vistorias períodicas da BHTrans, também “os prazos de manutenção estabelecidos pelos fabricantes para todos os equipamentos e sistemas, incluídos os vidros, e que as revisões se dão em prazos diferenciados de veículo para veículo, sendo os prazos menores para os ônibus com maior tempo de utilização”,