A Samarco rebateu a denúncia do Ministério Público Federal, que responsabiliza ex-executivos e funcionários da empresa pelas mortes causadas pelo rompimento da barragem de Fundão. Entre os 21 denunciados, está o diretor-presidente da empresa, Ricardo Vescovi, e representantes do conselho da mineradora indicados por BHP e Vale.
Sobre o conhecimento prévio dos riscos de rompimento, a Samarco diz que a "segurança sempre foi uma prioridade na estratégia de gestão da Samarco e (a empresa) reitera que nunca houve redução de investimentos nesse tema por parte da empresa.”
A empresa garantiu também que a estrutura era regularmente avaliada pelas autoridades legalmente competentes e grupos de consultores internacionais independentes denominado ITRB (International Tailings Review Board). Destacou, ainda, que a estabilidade foi atestada pela consultora VogBR, empresa que atua nas áreas de engenharia geotécnica e recursos hídricos. A consultora e o engenheiro sênior da empresa, Samuel Santana Paes Loures, estão sendo acusados por apresentação de laudo ambiental falso, uma vez que emitiram laudo e declaração enganosa sobre a estabilidade da estrutura da barragem.
Além da Samarco, a Vale e a BHP Billiton também são acusadas de nove crimes ambientais. Samarco e Vale ainda são acusadas de três crimes contra a administração ambiental. No total, as três empresas, juntas, vão responder por 12 tipos de crimes ambientais.