Uma denúncia reacendeu as esperanças da família do motorista de ônibus desaparecido há quase um mês durante temporal no Tirol, na Região do Barreiro. O Corpo de Bombeiros foi acionado nessa quinta-feira para realizar buscas próximo ao local onde Wanderley Silva de Freitas, de 45 anos, desapareceu.
Na tarde de ontem, a família do motorista foi informada sobre forte odor por moradores próximos à região do desaparecimento. O Corpo de Bombeiros foi até o córrego, mas nada foi encontrado. A Tenente Andrea Coutinho, assessora de comunicação do Corpo de Bombeiros, acredita que o calor possa ser a causa da piora do cheiro do esgoto.
Segundo a Tenente, as buscas foram encerradas no último dia 12, após 18 dias de vasculhamento na extensão do Rio Arrudas, desde o bairro Tirol até a Vila Marzagão, no distrito de Sabará. “Foram realizados três tipos de busca: visual, aérea e com cães, porém nada foi encontrado. Fizemos tudo o que foi possível, já que não podemos entrar de fato na água do rio, que é insalubre”, afirmou a militar.
A irmã de Wanderley, Nair de Freitas, explicita a angústia da família: “A cada nova informação, nossa esperança aumenta. Mas ele não é encontrado e a gente fica com o coração na mão”. De acordo com ela, o irmão era alegre, gentil e muito educado. “Minha mãe, de 85 anos, fica apreensiva. Ela sente muita saudade do filho caçula, que chegava sempre brincando com ela”, afirmou Nair.
Apesar do encerramento das buscas, o Corpo de Bombeiros orienta a população local a ficar atento às áreas próximas ao Rio Arrudas e acionar a corporação em caso de indícios do corpo do motorista.
O desaparecimento
Wanderley Silva de Freitas caiu em um córrego na Avenida Antônio Eustáquio Piazza, por volta das 22h20 do dia 25 de setembro durante forte temporal.
Na ocasião, o motorista da linha 30 (Estação Diamante/Centro) saía de uma igreja quando seu carro agarrou na calçada no meio da enxurrada. Wanderley desceu do veículo para verificar o que prendia a roda e se desequilibrou, caindo no córrego.
Segundo o Tenente Leonardo de Farah, do Batalhão de Emergências Ambientais e Desastres, o volume da água estava acima do passeio quando aconteceu o acidente.