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Nessa hipótese, pelo menos 2 milhões de metros cúbicos extravasariam a represa e seriam jogados ao longo do Rio Doce, podendo representar nova carga de poluição no manancial e novas dificuldades principalmente para os municípios que captam água para abastecimento humano diretamente no Rio Doce.
Suely Araújo afirmou que as obras previstas entre Fundão e Candonga serão suficientes para resolver o problema, mas não estão concluídas neste momento, quando já foi iniciada a temporada chuvosa. “A dragagem dos sedimentos em Candonga, por exemplo, era para ter começado em março e só teve início em julho”, afirma.
Segundo o Ibama, a Samarco trabalha com um cenário diferente, cuja estimativa de chegada de sedimentos em Candonga chega a 2,3 milhões de metros cúbicos. Essa perspectiva leva em consideração a média histórica de chuva para a região da tragédia ambiental e o cenário de dragagem e de obras do momento. De acordo com o superintendente do Ibama em Minas Gerais, Marcelo Belisário, no cenário da Samarco não haveria novo lançamento de rejeitos da represa de Candonga à jusante do Rio Doce.
Em nota, a Samarco informou que as obras de reforço de segurança das estruturas remanescentes estão cem por cento concluídas. Disse, ainda, que todas as obras no Complexo de Germano consideradas emergenciais e acordadas com os órgãos ambientais estão dentro do cronograma previsto.
A mineradora informou, também, que recuperou cerca de 800 hectares de vegetação até a Usina Risoleta Neves em Minas Gerais. “O trabalho foi realizado em mais de cem quilômetros de extensão visando reduzir as erosões às margens dos rios. Esta recuperação representa 100% do volume acertado pela empresa com os órgãos ambientais conforme cláusula 158 do Termo de Transação de Ajustamento de Conduta (TTAC) assinado em março deste ano”, disse.
Por último, esclareceu que o trabalho de revegetação já está sendo reforçado e novas ações estão sendo implementadas até o rio Gualaxo. .