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Estado de Minas

Morte de torcedor cruzeirense não foi causada apenas por lesões, diz IML

Laudos do Instituto Médico Legal constataram que o homem apresentava sinais externos de trauma, mas que as lesões não justificariam o óbito


postado em 27/10/2016 18:11 / atualizado em 27/10/2016 21:05

(foto: Reprodução/Facebook)
(foto: Reprodução/Facebook)
A causa da morte do torcedor Eros Dátilo Belisario, de 37 anos, nessa quarta-feira no Mineirão, ainda é um mistério. Laudos do Instituto Médico Legal (IML) constataram que o homem apresentava sinais externos de trauma, mas que as lesões não justificariam o óbito. Testemunhas acusaram seguranças do estádio de agredir Eros. Um inquérito foi aberto para investigar o caso. Envolvidos na confusão e pessoas que presenciaram o tumulto devem ser ouvidos na próxima semana.

O torcedor morreu durante a partida entre o Cruzeiro e Grêmio pela Copa do Brasil'2016. De acordo com a Polícia Militar (PM), um dos seguranças que trabalhavam na hora do jogo disse que tentou impedir que dois torcedores mudassem de setor no estádio. Durante a abordagem, segundo a ocorrência, o torcedor foi mobilizado pelo segurança e começou a passar mal. Ele foi levado para o atendimento médico do Mineirão. Depois, foi transferido para o Hospital Odilon Behrens, onde chegou sem vida.

No boletim, testemunhas contaram que o torcedor havia sido agredido e levado para o interior de uma sala e saiu de lá desacordado, depois de cerca de 5 minutos lá dentro, com dois seguranças. Um vídeo publicado nas redes sociais flagrou o homem desacordado momentos depois da confusão.

As imagens mostram uma mulher acusando um dos funcionários de ter agredido a vítima. Nesse momento, um dos seguranças pede ao autor do vídeo para que ele pare de filmar. No entanto, ele se recusa, e alerta para que alguém chame a polícia. Durante todo o registro, Eros está deitado de bruços e inconsciente.



O corpo de Eros foi levado para o IML de Belo Horizonte onde passou por exames. Segundo a diretora da unidade , a médica legista Lena Lapertosa, o corpo apresentava sinais externos de trauma, no entanto, essas lesões não justificam o óbito. “Por essa razão, será necessária a realização dos exames anatomopatológico e toxicológico, que já estão em curso. O prazo para conclusão dos testes é de 30 dias”, completou, em nota divulgada pela Polícia Civil.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) já havia informado que a vítima deu entrada no Hospital Metropolitano Odilon Behrens às 23h07, encaminhada por uma ambulância privada que atende no Mineirão. O paciente chegou ao hospital já sem vida, com múltiplos traumas.

A empresa responsável pela segurança do estádio divulgou nota: "A Prosegur lamenta o ocorrido na noite desta quarta-feira (26/10), na Minas Arena. A companhia ressalta que está colaborando com as autoridades na investigação dos fatos".

A Minas Arena, responsável pela gestão do Mineirão, também se manifestou em nota nesta quinta-feira, na qual declara ter ''total interesse no esclarecimento do assunto de forma séria e verdadeira" e que "acompanha de perto e aguarda a apuração dos fatos pelas autoridades competentes''.

 

(RG)


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