A Polícia Civil prendeu quatro pessoas responsáveis por fraudes do Seguro Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestre (DPVAT). As prisões foram realizadas na última segunda-feira, durante a Operação Galézia, mas só divulgadas nessa quinta. A polícia estima que, em um período de um ano, o grupo tenha provocado um prejuízo aproximado de R$ 2,7 milhões.
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Foram presas as irmãs Aline Rose Casaes da Silveira, de 41 anos; Anne Cristina Casaes da Silveira, de 30; Camila Regina Casaes da Silveira, de 25; e Jarbas Junio da Silva Carvalho, o “Juninho”, de 32 anos.
Segundo o delegado responsável pelo inquérito, Hugo Arruda, a organização criminosa preparava os próprios documentos que seriam utilizados para praticar as fraudes. “A ousadia deles era tão grande que eles falsificaram até mesmo carimbos da Polícia Civil e da Polícia Militar para utilizarem nos golpes”, disse.
Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas casas dos investigados, nos bairros Buritis e Caiçara, sendo recolhidos milhares de documentos, como certidões de óbito, de casamento e de nascimento (em branco e falsificadas ideologicamente), carteiras de trabalho em branco, espelhos de carteiras de identidade, centenas de cartões bancários em nome de diversas pessoas e equipamentos para produção de documentos falsificados.
Ainda segundo a polícia, foram aprendidos quatro veículos de luxo, um Hyundai/Sonata, um Mini Cooper, um Honda/HRV e um Fiat/Bravo, além de dinheiro, joias e objetos de valor comprados com os crimes. Ainda segundo o delegado, as fraudes consistiam em falsificar ocorrências policiais de crimes de trânsito e dar entrada nas seguradoras para receber o seguro DPVAT.
A Polícia informou que, em alguns casos, os suspeitos chegavam até mesmo usar de violência. Em uma ocorrência de setembro, uma mulher atraída pela quadrilha para receber dinheiro de um seguro no nome dela foi sequestrada e torturada por se recusar a repassar os valores ao grupo.
Os criminosos responderão por estelionato em concurso material, falsidade ideológica, falsificação de documento público, uso de documento falso, formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro e extorsão mediante sequestro. Dos presos, apenas Aline Rose e Anne Cristina possuíam registros policiais, pelo crime de estelionato.