Quem precisou de atendimento médico de urgência nesta quinta e sexta-feira em Ribeirão das Neves viveu momentos de desespero. O Hospital São Judas Tadeu, único público da cidade, e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Joanico Cirilo de Abreu foram fechados por falta de serviços médicos. A situação foi levada a discussão na Câmara Municipal de Ribeirão da Neves.
Segundo Eva Alípia, diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde), os médicos suspenderam as atividades porque estão desde de julho sem receber salários. Os valores são passados pela Prefeitura de Ribeirão da Neves à Cismep, Cooperação Intermunicipal do Médio Paraopeba, responsável pelos pagamentos aos médicos. A paralisação ainda não tem previsão para acabar.
Eva, porém, afirmou que esteve à tarde no hospital e que nem os casos mais graves vinham sendo atendidos. "Os funcionários dizem que os atendimentos estão suspensos e as pessoas simplesmente vão embora e nada contestam. Me impressiona a passividade das pessoas", diz a diretora.
Ainda segundo a nota, uma reunião entre a prefeitura e o Sindicato dos Médicos para negociar o pagamento de salários atrasados estava programada para ocorrer na última quarta-feira, 26. No entanto, representes do sindicato não compareceram ao encontro.