Uma mulher de 38 anos, com sete meses de gravidez de gêmeos, mobilizou policiais militares e civis na manhã de ontem, depois de simular seu sequestro. O sumiço dela ocorreu por volta das 9h, momentos antes de uma consulta no Hospital Municipal Odilon Behrens, no São Cristóvão, Noroeste de Belo Horizonte. A sobrinha dela foi quem fez contato com a Polícia Militar e deu o alarme do desaparecimento.
Os militares realizaram buscas na região e não encontraram a mulher. Foi feito contato na casa da família, no Bairro Maria Helena, no Venda Nova, e ela não estava. Porém, o marido recebeu ligação do telefone dela, fazendo pedido de resgate de R$ 10 mil. O Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) então entrou no caso.
De acordo com o delegado Thiago Machado, da 4ª Delegacia de Operações Especiais, usando um aplicativo do aparelho de celular, a grávida fez a ligação para seu marido, simulando a voz do suposto sequestrador. “Vamos investigar os motivos que a levaram a simular o sequestro.
A mulher foi localizada num quarto de hotel, na Rua Guarani, no Centro de Belo Horizonte. Ela admitiu a simulação e disse ter se arrependido. Segundo afirmou, fez o pedido de R$ 10 mil mas não pretendia receber o dinheiro, pois sabia que seu companheiro não tinha o montante. O objetivo, segundo contou a grávida, era mesmo que ele desistisse dela, para que pudesse pegar seus dois filhos e ir embora.
De acordo com o policial, não há indícios de participação de outras pessoas. “Ela idealizou o sumiço, ao dizer à sua sobrinha que ia verificar em qual portaria do hospital entraria e deixar sua acompanhante esperando”, explicou.