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Estado de Minas

Grávida de gêmeos simula sequestro e mobiliza polícia em Belo Horizonte

A mulher usou um aplicativo do aparelho celular para simular a voz do sequestrador e pediu R$ 10 mil de resgate ao marido. Agentes do Deoesp a localizaram sozinha num quarto de hotel no Centro de BH


postado em 28/10/2016 18:31 / atualizado em 28/10/2016 21:04

Uma mulher de 38 anos, com sete meses de gravidez de gêmeos, mobilizou policiais militares e civis na manhã de ontem, depois de simular seu sequestro. O sumiço dela ocorreu por volta das 9h, momentos antes de uma consulta no Hospital Municipal Odilon Behrens, no São Cristóvão, Noroeste de Belo Horizonte. A sobrinha dela foi quem fez contato com a Polícia Militar e deu o alarme do desaparecimento.

Os militares realizaram buscas na região e não encontraram a mulher. Foi feito contato na casa da família, no Bairro Maria Helena, no Venda Nova, e ela não estava. Porém, o marido recebeu ligação do telefone dela, fazendo pedido de resgate de R$ 10 mil. O Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) então entrou no caso.

De acordo com o delegado Thiago Machado, da 4ª Delegacia de Operações Especiais, usando um aplicativo do aparelho de celular, a grávida fez a ligação para seu marido, simulando a voz do suposto sequestrador. “Vamos investigar os motivos que a levaram a simular o sequestro. Segundo nos disse, pretendia pegar o dinheiro e 'sumir no mundo'. Inicialmente, ela pode responder pelo crime de extorsão”, explicou o delegado.

A mulher foi localizada num quarto de hotel, na Rua Guarani, no Centro de Belo Horizonte. Ela admitiu a simulação e disse ter se arrependido. Segundo afirmou, fez o pedido de R$ 10 mil mas não pretendia receber o dinheiro, pois sabia que seu companheiro não tinha o montante. O objetivo, segundo contou a grávida, era mesmo que ele desistisse dela, para que pudesse pegar seus dois filhos e ir embora.

De acordo com o policial, não há indícios de participação de outras pessoas. “Ela idealizou o sumiço, ao dizer à sua sobrinha que ia verificar em qual portaria do hospital entraria e deixar sua acompanhante esperando”, explicou. Contudo, o caso será investigado, até mesmo para apurar se ela tentou um golpe ou se passa por problemas psiquiátricos. Além da gravidez, a mulher tem mais quatro filhos, dois que moram com ela e o companheiro, e dois no Ceará.


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