Um dos pontos mais utilizados por moradores de Barra Longa, na Região Central de Minas Gerais, poderá novamente ser utilizada. A Praça Manoel Lino Mol estava interditada há quase um ano, quando a Barragem do Fundão, em Mariana, se rompeu e a lama tomou conta do espaço de convivência. Ela será reinaugurada na manhã deste domingo. O novo projeto tem melhorias na infraestrutura e paisagismo.

A lama atingiu Barra Longa em 6 de novembro, um dia depois do rompimento. Levada pelo Rio do Carmo, os rejeitos de mineração inundaram a praça da cidade. Vários imóveis foram atingidos e destruídos. Os moradores tiveram que deixar casas e comerciantes deixar lojas. Uma cena emblemática foi a entrada da praça, onde tem um 'portão' com o nome da cidade, que ficou com a marca com a altura que a lama atingiu.

A praça recebeu nova arborização, com plantio de 102 árvores, entre ipês, palmeiras fênix e licuris, e de 2,5 mil azaleias. Foram construídas novas redes de drenagem pluvial, implantada pavimentação das calçadas e a rede elétrica recuperada. Os passeios do entorno e interior da praça receberam 1.450 metros quadrados de blocos intertravados vermelhos, que utilizam rejeitos de mineração na sua composição.

A Samarco também construiu um deque de 812 metros quadrados, em ecoblock, material que imita madeira, próximo à margem do Rio do Carmo. O deque recebeu um guarda-corpo e está protegido da erosão por uma parede de rochas (enrocamento) disposta na margem do rio. Toda a área de convivência da praça e do deque ganha o reforço da Alameda Beira Rio, que também foi impactada pelos rejeitos de mineração. A Beira Rio recebeu pista de caminhada, parque infantil e uma academia ao ar livre.

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