Jornal Estado de Minas

Mais quatro intervenções no trânsito serão feitas na Região Centro-Sul

- Foto: Arte
Depois de 20 grandes intervenções no trânsito da área central de Belo Horizonte nos últimos quatro anos, a BHTrans se concentra agora em três novos projetos viários e promete retomar uma obra polêmica como parte do Mobicentro, programa que reformulou a circulação na região. Uma das intervenções promete mudanças em duas grandes avenidas da cidade: Bias Fortes e Álvares Cabral. Nas outras duas, que incluem a Savassi e a área hospitalar, não há previsão de mudanças na lógica da circulação, mas a empresa que gerencia o trânsito promete adequações urbanísticas que aumentem o conforto dos pedestres e reforcem a característica da circulação não motorizada. Além dessas três iniciativas, que ainda estão sendo desenhadas, a meta é que ainda em 2016 comecem as obras que vão fechar a Rua Cláudio Manoel na altura da Praça ABC, no Bairro Funcionários, Centro-Sul de BH, interrompidas diante da reação contrária da população local.

As mudanças previstas no Mobicentro começaram ainda em 2013, com o objetivo de aumentar a segurança no trânsito, principalmente para os pedestres, e melhorar o fluxo dos carros, com menos tempos de semáforo em cruzamentos. Desde a reorganização da Praça da Estação, que proibiu o tradicional movimento de subir a Rua da Bahia direto entre dois pontos da Avenida do Contorno, já ocorreram mudanças em 20 eixos. Com o último concluído, uma pequena modificação no cruzamento das avenidas Amazonas e Barbacena, no Bairro Santo Agostinho, Centro-Sul de BH, a BHTrans esgotou as alterações projetadas pela única empresa que havia feito os desenhos do Mobicentro até então. Em 2016, nova licitação escolheu uma segunda firma, que atualmente estuda mudanças na Avenida Bias Fortes, na Savassi e na área hospitalar.

A lógica a ser implantada no corredor Bias Fortes, entre as praças Raul Soares e da Liberdade, se inspira no que ocorreu na Avenida Afonso Pena. O objetivo é eliminar um tempo de semáforo em dois pontos: no encontro da Bias Fortes com as ruas Gonçalves Dias e Espírito Santo e na interseção da Bias Fortes com as ruas Timbiras e Curitiba.
No primeiro, o projeto prevê que o fluxo da Rua Espírito Santo não mais atravesse a Bias Fortes. No segundo, a BHTrans pretende eliminar a possibilidade de atravessar a Bias Fortes pela Curitiba.

Segundo o superintendente de Implantação e Manutenção da BHTrans, José Carlos Ladeira, fazer essas alterações significa impacto na lógica de outros dois cruzamentos com três tempos de sinal, estes na Avenida Álvares Cabral: são os encontros com Timbiras e Espírito Santo e também com Gonçalves Dias e Curitiba. Ele afirma que ainda é preciso estudar qual será o efeito, com simulações via computador. A BHTrans tem a intenção de avançar nessas intervenções, mas não sabe se será possível fazê-las ainda em 2016, devido à restrição de obras no mês de dezembro diante do aumento da circulação causado pelo Natal.

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