"Hoje não é dia de celebração. Hoje é dia de indignação". Foi com essa frase que o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto abriu a prestação de contas das ações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) um ano após a tragédia de Mariana, na manhã desta sexta-feira.
O promotor iniciou a apresentação criticando duramente o acordo feito entre a Samarco, a Vale e a BHP e os governos de Minas, Espírito Santo e a União. Para o MP, o acordo blindou as empresas e deu a elas o controle total das ações pós trágédia.
Após a introdução, Carlos Eduardo passou a palavra para o promotor Mauro Ellovitch, que manteve o tom das críticas contra a Samarco e disse que a mineradora não tem interesse em retirar a lama depositada ao longos dos locais atingidos por questões econômicas. "Não é justo que esse passivo seja absorvido pela sociedade", afirma o promotor.
O terceiro a falar foi o promotor Marcos Paulo de Souza Miranda, que destacou o prejuízo para o patrimônio cultural das comunidades devastadas pela lama. Segundo Miranda, a perda do patrimônio imaterial, que inclui celebrações religiosas, além de várias outras manifestações culturais, é incalculável. Ele destacou que a região afetada pelo desastre remonta ao início do estado de Minas Gerais, o que dá a dimensão do tamanho do prejuízo. "É como se estivesse passando uma borracha na história de uma comunidade de mais de 300 anos", afirma o promotor.
Também falaram os promotores Bruno Guerra, Leonardo Diniz e Evandro Ventura, com atribuições regionais nas áreas de Ponte Nova e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Diniz destacou que não houve ações efetivas da Samarco para resolver o problema da qualidade da água gerado para Governador Valadares, cidade com 300 mil habitantes e maior município atingido no caminho da lama. Ele citou como exemplo um plano de captação alternativa de água que teria condição de atender apenas 50% da população. "Perguntamos a eles como vamos explicar para os moradores que metade da população vai receber água do Rio Suaçuí e a outra metade do Rio Doce", disse o promotor.
Segundo o MPMG, a prestação de contas faz parte de uma série de eventos entre os dias 3 e 5 de novembro para lembrar um ano do rompimento da Barragem do Fundão, que matou 19 pessoas e arrasou os distritos Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e parte do município de Barra Longa.
Na tarde de sábado, será realizada a prestação de contas da área de defesa dos direitos humanos. A reunião acontece no centro de Mariana.
O promotor iniciou a apresentação criticando duramente o acordo feito entre a Samarco, a Vale e a BHP e os governos de Minas, Espírito Santo e a União. Para o MP, o acordo blindou as empresas e deu a elas o controle total das ações pós trágédia.
Após a introdução, Carlos Eduardo passou a palavra para o promotor Mauro Ellovitch, que manteve o tom das críticas contra a Samarco e disse que a mineradora não tem interesse em retirar a lama depositada ao longos dos locais atingidos por questões econômicas. "Não é justo que esse passivo seja absorvido pela sociedade", afirma o promotor.
O terceiro a falar foi o promotor Marcos Paulo de Souza Miranda, que destacou o prejuízo para o patrimônio cultural das comunidades devastadas pela lama. Segundo Miranda, a perda do patrimônio imaterial, que inclui celebrações religiosas, além de várias outras manifestações culturais, é incalculável. Ele destacou que a região afetada pelo desastre remonta ao início do estado de Minas Gerais, o que dá a dimensão do tamanho do prejuízo. "É como se estivesse passando uma borracha na história de uma comunidade de mais de 300 anos", afirma o promotor.
Também falaram os promotores Bruno Guerra, Leonardo Diniz e Evandro Ventura, com atribuições regionais nas áreas de Ponte Nova e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Diniz destacou que não houve ações efetivas da Samarco para resolver o problema da qualidade da água gerado para Governador Valadares, cidade com 300 mil habitantes e maior município atingido no caminho da lama. Ele citou como exemplo um plano de captação alternativa de água que teria condição de atender apenas 50% da população. "Perguntamos a eles como vamos explicar para os moradores que metade da população vai receber água do Rio Suaçuí e a outra metade do Rio Doce", disse o promotor.
Segundo o MPMG, a prestação de contas faz parte de uma série de eventos entre os dias 3 e 5 de novembro para lembrar um ano do rompimento da Barragem do Fundão, que matou 19 pessoas e arrasou os distritos Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e parte do município de Barra Longa.
Na tarde de sábado, será realizada a prestação de contas da área de defesa dos direitos humanos. A reunião acontece no centro de Mariana.