Passados 31 dias que o desembargador federal Souza Prudente, da 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), de Brasília, determinou o isolamento das capivaras da Pampulha, a medida ainda não foi cumprida. Os animais continuam soltos na orla de um dos pontos turísticos de Belo Horizonte que ganhou o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. A Prefeitura garante que está cumprindo a liminar e que o magistrado não determinou prazo para o confinamento. Já a associação de moradores do Bairro Bandeirantes tem um entendimento diferente e, por isso, deve entregar até o fim desta semana uma petição à Justiça para pedir punições a administração municipal.
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Associação vai pedir punição à PBH por não retirada de capivaras da Lagoa da PampulhaConselho Municipal de Saúde vai ao MP contra retirada de capivaras da PampulhaPBH conclui termo para contratar empresa para confinar capivaras da PampulhaNúmero de capivaras na Pampulha é desconhecido pela Prefeitura de BHAssinatura do termo sobre as capivaras fica para semana que vem Associação pede nova punição à PBH por manter capivaras soltas na PampulhaPrefeitura de Belo Horizonte descumpre prazo para isolar capivarasPrefeitura diz que vai isolar capivaras da Pampulha até a próxima quinta-feiraJustiça estabelece prazo de cinco dias para isolamento de capivaras na Lagoa da PampulhaDespacho judicial enviado por Whatsapp autoriza detento a fazer o Enem em MGEm entrevista ao Jornal Estado de Minas dias depois da determinação, o desembargador afirmou que a medida deveria ser tomada cinco dias após a notificação. Porém, em sua decisão não estipulou um prazo, mas apenas citou que o confinamento teria que acontecer de 'imediato'.
Para a associação de moradores do Bairro Bandeirantes, autora da ação, a prefeitura vem descumprindo a medida. “Nossa avaliação é a pior possível. Realmente esperávamos que o município cumprisse a determinação judicial. Estamos perplexos, pois o que se espera do poder público é o cumprimento das leis”, afirma a advogada Renata Vilela. “Vamos entrar com a petição no decorrer desta semana para pedir a punição”, completou.
Já a Prefeitura de Belo Horizonte, afirma que está cumprindo a liminar.
A administração municipal ressalta que vem realizando ações de prevenção desde 2015, como o controle químico de carrapatos em cavalos, que são os principais hospedeiros do carrapato estrela, transmissor da febre maculosa. Neste ano, até setembro, foram aplicados 283 banhos com carrapaticida em 115 animais, segundo a PBH.
Casos de febre maculosa
Balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) mostra que 17 casos suspeitos de febre maculosa de moradores da capital mineira estão sendo investigados. Os dados são de 1º de novembro.
Em Minas Gerais, são 12 casos confirmados da doença. Além de Belo Horizonte, pacientes contraíram a febre maculosa em Divinópolis, Chiador, Tombos, Antônio Dias, Senador Modestino Gonçalves, Mathias Barbosa. Ao todo, foram quatro mortes, sendo duas em Divinópolis, uma em BH e outra em Antônio Dias. .