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Estado de Minas

Muro desaba sobre casa e mata mulher no Bairro Santo Antônio

Segundo os bombeiros, quarto em que a vítima estava foi atingido pelos escombros


postado em 16/11/2016 08:06 / atualizado em 16/11/2016 21:31

Bairro Santo Antônio, Região Centro-Sul de Belo Horizonte (foto: Jair Amaral//EM/D.A Press)
Bairro Santo Antônio, Região Centro-Sul de Belo Horizonte (foto: Jair Amaral//EM/D.A Press)

A queda de um muro sobre uma casa matou uma mulher na manhã desta quarta-feira no Bairro Santo Antônio, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O acidente aconteceu na Rua Abre Campo, número 132. De acordo com a Coordenaria Municipal de Defesa Civil (Comdec), os moradores de um prédio vizinho já tinham sido notificados há meses devido ao problema na estrutura.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, no início da manhã desta quarta-feira, o muro desabou e atingiu parte de um dos quartos do imóvel, onde moravaa um casal de isosos e a filha deles,  Ângela de Fátima Fernandes, de 63 anos, que estava no cômodo atingido. Ela ficou presa aos escombros e estava consciente. Porém, seu estado de saúde piorou e ela morreu no local.

Por volta das 8h, um médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que foi chamado para prestar os primeiros socorros, confirmou a morte da mulher. Além de três viaturas dos bombeiros e da equipe do Samu, a Defesa Civil também foi chamada.

Técnicos da Comdec estiveram no imóvel na manhã desta quarta-feira para fazer uma vistoria. O agente Nilson Luiz da Silva, vistoriador do órgão, descartou que o desabamento tenha relação com a chuva. “Não foi a chuva que fez o muro cair. É impossível correlacionar os fatos por estar na divisa (entre a casa e o prédio), saber se as infiltrações geraram algum dano na estrutura a ponto de fazê-la desabar. Não se sabe há quanto tempo isso vazou e foi para o terreno, e o tipo de dano que gerou. Pode, sim, ter contribuído para alguma coisa. Mas de forma geral, dá para ver que é uma estrutura antiga que é passível de desabar em função dos danos que já apresentava”, disse. Segundo Nilson, moradores de prédios vizinhos já tinham informado que o muro apresentava um desalinhamento.

Notificações


Ângela de Fátima Fernandes cuidava dos pais e estava em um barracão nos fundos da casa(foto: Arquivo pessoal)
Ângela de Fátima Fernandes cuidava dos pais e estava em um barracão nos fundos da casa (foto: Arquivo pessoal)
A família da vítima  reclama da negligência de moradores do prédio vizinho, que já tinham sido notificados pela Defesa Civil. “Tinha uma infiltração no muro. Chamamos a Defesa civil e a síndica duas vezes e relatamos do problema. Ela disse que era problema com a caixa de gordura e que ia fazer o orçamento. Ficou enrolando por aproximadamente dois meses”, disse Euclides.

As reclamações dos moradores foram confirmadas pela Comdec. Por meio de nota, o órgão afirmou que os moradores de um prédio vizinho e da própria casa já tinham sidos notificados anteriormente por causa dos problemas no muro. Segundo o órgão, em vistoria realizada no imóvel em 17 de agosto, foram constatadas infiltrações, seguido de escorrimentos de lama e com odor semelhante a esgotamentos sanitários, dadas as suas características (coloração) e odor peculiar.

Nesse dia, segundo Nilson Luiz da Silva, vistoriador da Defesa Civil, a moradora Ângela, vítima da tragédia, foi notificada. “Informamos da necessidade de contratar um profissional habilitado a fim de avaliar a situação, e a aplicação da solução técnica mais adequada para eliminação do risco. Na época, foi constatado, o risco médio. Seria um risco monitorado. Ou seja, ainda existia a possibilidade de se atuar”, afirmou o vistoriador.

Outra vistoria foi feita no imóvel em 8 de setembro deste ano. Foi detectado o risco de queda do muro de arrimo com extensão de aproximadamente 10 metros por 2,50 metros de altura. A estrutura estava com avarias e trincas, que aparentavam ser antigas. “O vistoriador notificou o condomínio para contratar um profissional e uma empresa para verificar um vazamento. Segundo informações da moradora, foi feita uma obra em outubro. Então, descobriu-se que havia problemas nas tubulações hidráulicas do prédio. Foram feitas essas reparações”, comentou Nilson.

A síndica do prédio, que não quis dar entrevista, atendeu a reportagem por meio do interfone e apenas afirmou que as obras solicitadas pela Defesa Civil foram realizadas.

Família da vítima


De acordo com a família da vítima, a casa foi comprada há 50 anos e já existia esse muro no local. Segundo os moradores, o edifício chegou a resolver o problema do vazamento do esgoto, mas não tomou medidas para conter o muro.

Eles suspeitam que o acidente tenha acontecido entre a noite de terça-feira e madrugada desta quarta.

Ver galeria . 5 Fotos Muro de prédio desabou sobre a casa. Síndica já tinha sido notificada duas vezes Jair Amaral/EM/D.A.Press
Muro de prédio desabou sobre a casa. Síndica já tinha sido notificada duas vezes (foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press )

 

(RG)


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