A Polícia Civil aguarda o resultado dos exames periciais para concluir o inquérito que investiga a morte do torcedor cruzeirense Eros Dátilo Belisário, de 37 anos, durante o jogo no Mineirão. O homem morreu ao se envolver em uma briga com seguranças ao tentar trocar de setor do estádio. O caso foi discutido nesta quarta-feira em audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Já foram ouvidas nove testemunhas, entre seguranças e torcedores, e imagens das câmeras de monitoramento foram analisadas. No encontro, amigos e familiares da vítima voltaram a defender que Eros foi assassinado.
A morte do torcedor aconteceu durante jogo entre Cruzeiro e Grêmio, pela semifinal da Copa do Brasil’2016. A confusão entre Eros e os seguranças começou quando ele tentou mudar de setor no estádio. Testemunhas disseram à PM que presenciaram o torcedor ser abordado por dois seguranças. Segundo eles, Eros foi agredido pelo segurança Gleison Alexandre dos Santos, de 42 , que teve apoio do colega para levar o torcedor para dentro de uma sala, onde teriam permanecido por cerca de 15 segundos.
Em depoimento à PM, Gleison alegou que foi agredido e que reagiu usando de força física ao tentar impedir os torcedores de invadir um setor. Segundo relato do boletim de ocorrência, Eros foi mobilizado pelo segurança e começou a passar mal. De acordo com a Polícia Militar, o torcedor foi levado para atendimento no posto médico do Mineirão. Depois, foi transferido para o Hospital Odilon Behrens, onde já chegou sem vida.
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Revolta
Torcedores amigos de Eros cobraram por Justiça. Para eles, o homem foi assassinado pelos seguranças.