Jornal Estado de Minas

Família de jovem morta pelo ex-namorado faz protesto em fórum de Patos de Minas


Familiares e amigos da estudante Fabiana dos Reis Gonçalves Barbosa, de 20 anos, assassinada em julho deste ano em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, fizeram uma manifestação nesta quinta-feira no Fórum da cidade. O ato foi realizado para pedir Justiça e a condenação de Hugo Franciel Borges Soares, de 26 anos, ex-namorado da jovem que confessou o assassinato. Ele participou da primeira audiência de instrução do caso. O juiz vai decidir se ele vai ser julgado pelo júri popular.

Com camisas com fotos da jovem e cartazes com pedidos de Justiça, dezenas de pessoas foram para a porta do fórum antes do início da audiência. “Ainda acredito em você Justiça Brasileira. Não me decepcione”, “a Fabiana não volta, mas nós lutamos pela Justiça por ela”, e “não há ordem sem Justiça”, foram algumas das frases usadas pelos manifestantes. Policiais militares e agentes penitenciários tiveram que isolar as escadas para evitar que as pessoas subissem para o segundo andar, onde acontecia a audiência.


De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), estava previsto para serem ouvidas 14 pessoas, entre testemunhas de defesa e de acusação. A expectativa é que o réu também dê seu depoimento na noite desta quinta-feira. Se todos forem ouvidos ainda hoje, o magistrado vai abrir os prazos para a manifestação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a defesa do reú se manifestarem. Depois vai decidir se ele será julgado ou não por júri popular.

O assassinato chocou Patos de Minas. A estudante Fabiana estava desaparecida. A última vez que foi vista, ela havia saído saiu para ir para à aula do pré-vestibular às 6h30 da manhã de 5 de julho.
Testemunhas contaram que, por volta das 7h, Hugo passou de carro juntamente com a garota nas proximidades da casa dos dois, que são vizinhos. Tempo depois, ele foi visto no veículo, mas já sem a garota.

O corpo da estudante foi encontrado em um bambuzal. A cena do crime mostra que ela foi brutalmente assassinada. O cadáver estava coberto com folhas secas, e uma folha do mesmo tipo foi apreendida dentro do carro. A vítima estava com o próprio casaco enrolado no pescoço e em um toco de bambu. Hugo Franciel foi preso dois dias depois e confessou o crime. Disse que a motivação foi ciúmes.
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