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Estado de Minas

Preso suspeito de matar mulher e deixar recém-nascido sobre o corpo dela

Segundo Polícia Civíl, o homem de 36 anos teria assassinado a amante após descobrir ser pai biológico da filha dela. A menina de 24 dias foi deixada em cima do corpo da mãe em uma estrada em Minas Gerais


postado em 17/11/2016 20:59 / atualizado em 18/11/2016 09:53

Em revista na casa de Jardel foram encontradas armas de fogo e munições(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Em revista na casa de Jardel foram encontradas armas de fogo e munições (foto: Polícia Civil/Divulgação)
Suspeito de assassinar jovem para encobrir traição é preso pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira em Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo policiais, Jardel Marques Coutinho, de 36 anos, teria assassinado a jovem, com quem mantinha relação extra-conjugal, após descobrir ser pai biológico da filha dela. Inicialmente, a polícia informou que a prisão havia ocorrido em Itaúna, mas a informação foi corrigida pela corporação na manhã de sexta-feira, confirmando que o suspeito foi localizado em Mateus Leme.

O corpo de Laisla Aline Amaral Resende, 20, foi encontrado em uma estrada de terra, com a filha de 24 dias, ainda viva, sobre ela, na região rural de Itaúna, Centro-Oeste de Minas. O crime aconteceu no dia 10 de junho de 2009 e o corpo foi encontrado no dia seguinte.

A vítima estava com a filha nos braços quando foi atingida por um disparo de arma de fogo no ouvido. Após o crime, o suspeito ajeitou o bebê sobre o corpo da mãe e fugiu. A menina não foi alvo dos disparos, porém, apresentava diversas picadas de insetos pelo corpo.

Conforme investigações policiais, o suspeito executou Laisla após descobrir ser o pai biológico da filha recém-nascida da jovem. Acreditam ainda que Jardel pretendia ocultar o fato, visto que era casado. Em revista na casa de Jardel foram encontradas inúmeras armas de fogo e munições.

A vítima mantinha um relacionamento estável com um rapaz da cidade e informou ao mesmo que estava grávida. Após a notícia, amigos e parentes do rapaz o alertaram de que o filho poderia ser de outra pessoa e recomendarem que fizesse um teste de DNA quando a criança nascesse.

Seguindo a orientação, o rapaz providenciou o exame, cujo resultado deu negativo para paternidade. No dia em que foi emitido o resultado, Laisla informou à mãe que precisava sair para resolver uma situação. Durante apurações, os investigadores encontraram no dia do crime registros de ligações entre Laisla e Jardel, sendo a última realizada de um telefone público.

Após esse contato, a vítima não foi vista novamente. Para os policiais, Laisla foi levada por Jardel para uma estrada localizada nas adjacências do condomínio Vale dos Ipês. A região é conhecida do suspeito, visto que fica próxima a um sítio da família dele.

O bebê foi encaminhado para o hospital, onde foi medicado. Durante declarações prestadas à Polícia, Jardel alegou não ter envolvimento no crime, pois participava de um curso em Contagem, no dia do assassinato. No entanto, a instituição citada pelo suspeito nega o vínculo do rapaz com a escola.


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