Em audiência de conciliação na Vara do Trabalho de Ouro Preto, na Região Central do estado, a mineradora Samarco se comprometeu a não fazer dispensas coletivas (cortes superiores a 1% do efetivo por mês) até 31 de março do ano que vem. Os desligamentos de trabalhadores, que ocorreriam até setembro deste ano foram adiados para 31 de dezembro de 2016.
O gerente-geral de Recursos Humanos da Mineradora Samarco, Benedito Waldson, considera que o acordo firmado nessa quinta-feira “regulariza e põe um ponto final ao questionamento do Ministério Público do Trabalho sobre a legalidade do programa de desligamento voluntário (PDV) promovido pela empresa” e que teve adesão de 924 empregados.
A Samarco reduziu seu quadro de 3 mil para 1,8 mil funcionários. Na audiência, a Samarco também reforçou o pacote de indenização com o pagamento de dois salários nominais para os empregados, a título de participação nos lucros e resultados (PLR) do ano de 2015, incluindo aqueles que já foram desligados.
“Temos o maior respeito pelos funcionários da Samarco, pois nosso sucesso estava ligado à qualificação deles. Por isso, buscamos várias alternativas antes de chegar a esse ponto”, afirma. Segundo ele, não há previsão da retomada de operações, mas quando a mineradora voltar às atividades, terá capacidade reduzida de produção (cerca de 60%).