A menina Ana Clara Pereira Gonçalves, de 5 anos, foi enterrada viva por seu padrasto, na cidade de Carmo da Mata, Centro-Oeste de Minas. A Polícia Civil informou nesta segunda-feira que o laudo de necrópsia da criança apontou como causa da morte asfixia mecânica e obstrução de vias arteriais. Também foi encontrada no pulmão da menina uma porção de terra, o que aponta que ela respirava quando foi enterrada.
O delegado Douglas Camarano de Castro, que comanda as apurações do caso, informou que está na fase final de conclusão do inquérito e que vai pedir que a prisão temporária do padrasto seja convertida em preventiva, pelo homicídio qualificado.
Ana Clara havia desparecido no dia 12 último, quando estava em companhia do padrasto Alex Júnior Alexandre, de 27. No dia da denúncia do sumiço ele foi preso, ao apresentar documentos falsos. Embora alegando inocência, na sexta-feira ele levou os policiais até o local conhecido como "Matinha de São Bento", onde apontou onde estava enterrado o corpo da criança.
Polícia diz que padastro confessou crime
Segundo os policiais, ele alegou que a morte da enteada foi acidental. No dia de seu desaparecimento, Ana Clara estava em casa com a mãe, o padrasto e o irmão mais novo. A mãe dela, Marciana Pereira da Cruz, de 23, disse aos policiais que a filha estava na sala assistindo à televisão e perguntou se poderia ir à casa de uma amiguinha para brincar.
Sem saber se a mãe da colega estaria em casa, Marciana negou o pedido e foi para a área de serviço lavar roupas. Segundo ela, ao retornar à sala, horas depois, percebeu que a filha não estava mais em casa. Ela então ligou para seu companheiro, que havia saído.
Ele voltou para casa e, juntos, iniciaram as buscas por Ana Clara. Na delegacia, o padrasto apresentou Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsa e, por isso, foi preso em flagrante.