Funcionários do campus Betim da PUC Minas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram surpreendidos na tarde de ontem pela denúncia de um pai de que golpistas estariam tentando "vender" vaga de medicina na instituição.
Dois homens e uma mulher foram presos, acusados de se passar por funcionários da unidade e negociar com o pai de uma estudante a “transferência” da filha dele de uma faculdade do Rio de Janeiro para o campus Betim. O encontro para tratar do assunto ocorreu no hall da universidade.
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Foram presos pelos crimes de formação de quadrilha e estelionato Mônica de Souza Gomes, de 31 anos, natural de Belo Horizonte; o paulista Júnior de Freitas, de 39, e Christian Ribeiro de Oliveira, de 43, que mora em BH, mas que não teve a naturalidade informada.
Segundo a Polícia Civil (PC), que investiga o caso, há indícios de que Christian já tenha praticado alguns golpes no Rio de Janeiro. O trabalho policial coordenado pelo delegado Edmar Cardoso, da Delegacia de Betim, vai apurar agora como a quadrilha agia e se já havia conseguido efetivar algum esquema de venda de vagas em Minas. Ainda segundo a PC, pai e filha são naturais de Altinópolis, em São Paulo.
Por meio de nota, a PUC Minas esclareceu o ocorrido e negou que a tentativa de aplicação de golpe tenha qualquer tipo de ligação com a instituição, o que já foi apurado pelas autoridades policiais.
A PUC Minas ainda ressaltou que nunca houve registro desse tipo de prática criminosa envolvendo o nome da instituição e que mantém rigor em relação aos processos acadêmicos de transferências externas e ingresso de alunos na Instituição.
ENEM
Na edição deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) uma fraude para venda de vagas no ensino superior em instituições públicas foi alvo de operação da Polícia Federal, que prendeu 11 pessoas acusadas de participação no esquema.
A negociação ilegal por um lugar na universidade variava entre R$ 40 mil e R$ 180 mil. As formas de ação dos suspeitos envolviam transmissão das respostas para o candidato por meio de dispositivos eletrônicos e, em alguns casos, outra pessoa fez o teste no lugar do verdadeiro inscrito.