Depois de funcionar por quase um ano com pouco mais de 10% de sua capacidade (49 leitos), o Hospital Metropolitano do Barreiro, em Belo Horizonte, opera desde outubro com 20% do total para o qual foi projetado (90 leitos) e sinaliza que novos incrementos podem acontecer em breve, com um novo aporte de recursos, desta vez do governo de Minas. Ontem, o prefeito Marcio Lacerda inaugurou oficialmente os 41 novos leitos. Do total agora em operação, 10 vagas são no centro de tratamento intensivo (CTI) e 80 para internação. A ampliação foi possível depois que o Ministério da Saúde começou a contribuir com a unidade com R$ 1,25 milhão todos os meses, apesar de o repasse ainda estar muito abaixo do esperado, de acordo com a Prefeitura de BH.
Leia Mais
Hospital do Barreiro chega a 20% de sua capacidade com novos leitosHospital do Barreiro segue sem previsão para aumento de repasses do governo federalHospital do Barreiro receberá R$ 15 milhões do governo federal Em audiência pública, deputados estaduais pedem mais recursos para Hospital do BarreiroProcesso selecionará 316 profissionais para o Hospital Metropolitano Dr. Célio de CastroA Secretaria de Estado de Saúde informa que depois da publicação da portaria do Ministério da Saúde, que estipula o repasse de R$ 15 milhões anuais (R$ 1,25 milhão por mês), o estado confirmou o repasse de R$ 7,5 milhões por ano, o que equivale a R$ 625 mil mensalmente. Porém, a pasta sustenta que, para receber esses recursos, o hospital deve fazer parte do Pro-Hosp Gestão Compartilhada, programa que contempla hospitais da esfera pública investidos e custeados pelo estado.
PRONTO-SOCORRO FECHADO Apesar do incremento nos recursos com a entrada do aporte federal em setembro, o pronto-socorro da unidade segue fechado ao público geral e o hospital continua funcionando na retaguarda dos atendimentos, recebendo pacientes encaminhados apenas pelas Unidades de Pronto Antedimento (UPAs) de BH. “A previsão é de que até dezembro do ano que vem a gente tenha o funcionamento total”, afirma Fabiano Pimenta. Para que isso aconteça, os atuais 5,25 milhões (R$ 4 milhões da PBH e R$ 1,25 milhão do Ministério da Saúde) terão que ser multiplicados por quase quatro vezes, seguundo as contas do município. O diretor-executivo do hospital, Flávio Duffles, diz que, apesar de a unidade ainda não estar 100% aberta e não receba pacientes diretamente, o funcionamento de 90 leitos permite desafogar a rede das UPAs. Além disso, ele acrescentou que o recurso federal está viabilizando também o início das cirurgias de menor complexidade, programado para dezembro. Inicialmente, serão 20 procedimentos por dia.
O prefeito Marcio Lacerda comentou que, apesar das dificuldades financeiras do país, que atrasaram e ainda colocam dificuldades para todo o funcionamento do hospital, há motivos para comemorar.