Jornal Estado de Minas

Obras da igrejinha da Pampulha são adiadas

As obras de restauração da Igreja de São Francisco de Assis, conhecida como Igrejinha da Pampulha, foram adiadas por 12 meses e as 229 cerimônias de casamento marcadas para 2017 estão mantidas.

“A previsão, acordada com a Prefeitura de Belo Horizonte, era dar início aos trabalhos ainda neste mês de novembro. Neste sentido, a prefeitura já havia assinado termo de compromisso com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e licitado a execução da obra. A pedido da Paróquia de São Francisco, a execução do restauro fica adiada por 12 meses”, informou o Iphan.

“As obras com recursos do PAC Cidades Históricas não foram iniciadas por solicitação formal do pároco, em função dos eventos, como casamentos e batizados, agendados até novembro de 2017”, completa a nota do Iphan.

A princípio, os recursos destinados à Igreja de São Francisco ficam preservados. São verbas do Governo Federal e, por isso, estão sujeitas a contingenciamentos.

No início da semana, a presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), Michele Arroyo, participou de audiência na Assembleia Legislativa de Minas para discutir o possível adiamento das obras. Ela disse que o impasse com relação ao local não se restringe apenas à questão da possibilidade de cancelamento dos casamentos, mas abarca também a conservação da igreja.

Segundo Michele, a Igrejinha da Pampulha apresenta problemas de infiltração, comprometendo as estruturas internas, como o forro.
No entanto, para tentar resolver o impasse, ela considerou a possibilidade de se adotarem medidas paliativas para contenção da infiltração e o não agravamento do problema.

Entre as medidas, ela sugeriu a colocação de uma cobertura nas partes externa e interna da igreja para evitar a entrada da água.

As obras na igreja devem ser feitas para adequar o local às normas da Unesco, que a declarou, junto com todo o complexo da Pampulha, como patrimônio cultural da humanidade, neste ano.

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