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Estado de Minas

Obras da igrejinha da Pampulha são adiadas

Adiamento do início dos trabalhos por 12 meses vai garantir a realização de 229 cerimônias de casamento marcadas até novembro 2017


postado em 25/11/2016 18:20 / atualizado em 25/11/2016 22:56

As obras na igreja devem ser feitas para adequar o local às normas da Unesco, mas apresenta problemas de infiltração (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRES)
As obras na igreja devem ser feitas para adequar o local às normas da Unesco, mas apresenta problemas de infiltração (foto: LEANDRO COURI/EM/D.A PRES)

As obras de restauração da Igreja de São Francisco de Assis, conhecida como Igrejinha da Pampulha, foram adiadas por 12 meses e as 229 cerimônias de casamento marcadas para 2017 estão mantidas.

“A previsão, acordada com a Prefeitura de Belo Horizonte, era dar início aos trabalhos ainda neste mês de novembro. Neste sentido, a prefeitura já havia assinado termo de compromisso com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e licitado a execução da obra. A pedido da Paróquia de São Francisco, a execução do restauro fica adiada por 12 meses”, informou o Iphan.

“As obras com recursos do PAC Cidades Históricas não foram iniciadas por solicitação formal do pároco, em função dos eventos, como casamentos e batizados, agendados até novembro de 2017”, completa a nota do Iphan.

A princípio, os recursos destinados à Igreja de São Francisco ficam preservados. São verbas do Governo Federal e, por isso, estão sujeitas a contingenciamentos.

No início da semana, a presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), Michele Arroyo, participou de audiência na Assembleia Legislativa de Minas para discutir o possível adiamento das obras. Ela disse que o impasse com relação ao local não se restringe apenas à questão da possibilidade de cancelamento dos casamentos, mas abarca também a conservação da igreja.

Segundo Michele, a Igrejinha da Pampulha apresenta problemas de infiltração, comprometendo as estruturas internas, como o forro. No entanto, para tentar resolver o impasse, ela considerou a possibilidade de se adotarem medidas paliativas para contenção da infiltração e o não agravamento do problema.

Entre as medidas, ela sugeriu a colocação de uma cobertura nas partes externa e interna da igreja para evitar a entrada da água.

As obras na igreja devem ser feitas para adequar o local às normas da Unesco, que a declarou, junto com todo o complexo da Pampulha, como patrimônio cultural da humanidade, neste ano.


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