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Estado de Minas

Polícia indicia assassino de homossexuais em Uberlândia

Os investigadores concluíram que os crimes não foram cometidos por homofobia. A primeira vítima, Guilherme Duarte Pagotto, de 23, perdeu a vida por não ter aceitado pagar a quantia exigida pelo autor depois de um programa sexual


postado em 26/11/2016 13:50

A Polícia Civil irá indiciar na próxima segunda-feira o garoto de programa Thiago de Matos Ferreira, de 28 anos, pelos assassinatos de dois homossexuais em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, cujos crimes chocaram a segunda maior cidade do estado. Ele pode ser condenado a mais de 30 anos de prisão. Um amigo do autor, David Tiago Antônio Pereira, de 27, também será indiciado por ajudá-lo na ocultação dos corpos.

Os investigadores concluíram que os crimes não foram cometidos por homofobia. A primeira vítima, Guilherme Duarte Pagotto, de 23, perdeu a vida por não ter aceitado pagar a quantia exigida pelo autor depois de um programa sexual ocorrido em 24 de outubro. Segundo os policiais, a vítima também era garoto de programa e agendou um encontro com Thiago.

Em seu depoimento, o rapaz contou que discutiu com Guilherme e lhe deu um tapa. O jovem revidou e teve início uma briga. Thiago, então, deu uma chave de braço em Guilherme, que morreu asfixiado.

Por este crime, Thiago responderá por homicídio qualificado. A segunda vítima foi o dentista Helton Ivo Botelho Cunha, que tinha 36 anos. Por esta morte, o autor responderá por latrocínio.

Os policiais apuraram que Helton agendou um encontro com o assassino na casa do autor, no Bairro São Lucas, em 10 de novembro. No local também estava presente David, o amigo que responderá por ocultação de cadáveres. Assim que o dentista chegou ao local, a dupla anunciou o assalto.

A vítima entregou a chave do carro, certa quantia em dinheiro e o aparelho do telefone celular. Mesmo entregando os pertences, teve a vida ceifada por Thiago: foi asfixiado por chave de braço.

O delegado responsável pelo caso, Vítor Dantas, acredita que o dentista estava marcado para morrer, pois Thiago tinha interesse em cometer o crime para conseguir dinheiro e fugir da cidade. O autor é natural de Curitiba e é foragido da Justiça paranaense, onde foi condenado por tráfico de drogas.


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