Jornal Estado de Minas

Prefeitura vai à Justiça contra interdição da coleta de lixo em BH

A Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte (SLU) criticou a proibição da coleta de lixo na capital mineira com garis ocupando o estribo dos caminhões, com base em determinação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais (SRTE/MG), braço regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O órgão da Prefeitura de BH que cuida do lixo na cidade informou que já entrou na Justiça com um pedido de liminar para retomada imediata do serviço, principalmente pelos riscos da paralisação da atividade, como as inundações durante o período chuvoso.

A SLU, por meio de sua assessoria de comunicação, disse que uma alteração “dessa magnitude no sistema de recolhimento de resíduos numa cidade do porte de Belo Horizonte demanda um prazo mínimo de adequação técnica e operacional, e que não há meios de se fazer um replanejamento tão radical de forma instantânea, como obriga a decisão do Ministério do Trabalho”, conforme a nota encaminhada pela pasta.

Depois que a SRTE interditou a coleta com a presença de garis ocupando os estribos dos caminhões, solicitando que eles sejam transportados dentro da cabine, a cidade amanheceu com montanhas de lixo nas ruas, principalmente na área central, onde a produção dos resíduos é grande e a coleta é diária. No cruzamento das ruas dos Guaranis e dos Carijós, por exemplo, além do lixo normal gerado ontem, também se acumulava o lixo da varrição, que funciona normalmente.

Bairros como Santa Tereza e Floresta, na Região Leste, que também deveriam contar com a coleta norturna ontem, tiveram ruas lotadas de resíduos nesta manhã. No Bairro Ipiranga, Região Nordeste, comerciantes estão com medo de serem multados pela fiscalização por conta do acondicionamento de gêneros alimentícios nas ruas fora do horário de coleta. 

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