A arte como oportunidade de traçar novos caminhos. Por meio de aulas de percussão, dança de rua, balé e música, a Escola de Artes contribui com a melhoria da qualidade de vida dos moradores do Aglomerado Morro das Pedras, na Região Oeste de Belo Horizonte. O projeto, que faz parte do Programa Cultural Unimed-BH, transforma a Escola Municipal Hugo Werneck em um palco para crianças e adolescentes em situação de risco se expressarem artisticamente.
O Programa de Responsabilidade Social Cooperativista da Unimed-BH, de onde nasceu a Escola de Artes, foi desenvolvido com o objetivo de contribuir com as comunidades próximas às instalações da cooperativa médica. Criado em 2007, o programa já beneficiou mais de 2,4 mil pessoas, incluindo jovens da Escola Municipal São Rafael e do Grupo de Apoio Social Solidariedade (GASS). “Quando nos instalamos, buscamos procurar os moradores vizinhos e perguntamos quais seriam as principais carências, que são muitas. O lazer foi um dos principais quesitos da comunidade. E, por isso, o projeto leva cultura para esses moradores”, explica Cíntia Campos, gestora do instituto.
Essa programação de atividades culturais, que estimulam a expressão corporal, o desenvolvimento do convívio social, a capacidade de trabalho em grupo e o empoderamento dessas crianças e adolescentes, tem trazido benefícios para a comunidade do Morro das Pedras. As metas são reduzir a violência, melhorar desempenho escolar e contribuir para que jovens descubram áreas de interesse.
PAIXÃO “Eu nunca tinha dançado antes, até porque minha família não tinha condições de pagar uma escola privada”, diz a estudante Daiane Rocha Sampaio, de 18 anos, que descobriu sua paixão pelas sapatilhas. “Sempre fui muito tímida e até um pouco antissocial. Foi a Escola de Artes que me ajudou a trabalhar, mudar e enfrentar uma fase complicada, que foi quando o meu irmão faleceu. As aulas de balé foram como uma terapia”, completa.
Finalizando o 3° ano do ensino médio, a jovem sonha em se tornar professora da balé e já deu um passo nessa direção: foi uma das 26 alunas aprovadas nas avaliações de uma das mais conceituadas escolas internacionais de balé, a Royal Academy of Dance, de Londres. O diploma é reconhecido em 84 países e, no Brasil, é aceito pelo Ministério da Educação (MEC).“Com os diplomas da Royal, sei que terei muito mais chances na área da dança. Sou muito grata à equipe e colaboradores da escola de artes por essa grande oportunidade”, afirma Daiane.
Inês Amaral é a coordenadora do Balé e Danças Urbanas e diretora artística do Camaleão Grupo de Dança e fala com orgulho de seus pupilos. Postura, responsabilidade, disciplina, autoestima são algumas das lições de suas aulas. “É emocionante quando percebemos a transformação pela arte. Eu vejo essas adolescentes crescendo, se tornando monitoras. A escola proporciona oportunidades”, declara. O programa é feito em parceria com dois grupos de dança tradicionais de Belo Horizonte: Camaleão e o Núcleo Artístico.
EM FAMÍLIA Embora direcionado para crianças e adolescentes, o programa também aceita inscrições de adultos. A dona de casa Edelvais Queirós Gonçalves Fernandes, de 48, não perdeu a oportunidade e se matriculou em dança de rua. As filhas dela, Júnia Liz Fernandes Silva, de 14, e Elena Liz Fernandes Silva, de 11, também participam. Segundo Edelvais, o projeto faz toda a diferença na vida delas. “Tivemos oportunidade de ter contato com coisas que jamais teríamos. Temos acesso à cultura”, comemora.
No Norte, grafite em sede de projeto
Em Buritizeiro, no Norte de Minas, o domingo será marcado pela inauguração da nova sede do projeto Realizando Sonhos, do Instituto Café Solidário (ICS). O instituto é uma organização filantrópica do Grupo Montesanto Tavares e tem como missão promover o desenvolvimento sociocultural das famílias atendidas na cidade e região, com o acompanhamento pedagógico e a capacitação de monitores do local. O artista mineiro Ataíde Miranda foi convidado para colorir com seu grafite as paredes da instituição no evento de inauguração.
Criado em 2011, o Instituto Café Solidário oferece aulas de pintura, violão, flauta, capoeira, corte e costura, entre outras modalidades para cerca de 130 adolescentes e crianças, de sete a 17 anos. “A população local vive uma situação de vulnerabilidade social e o projeto veio para ampliar os horizontes das famílias atendidas”, conta Patrícia Fonseca, coordenadora-geral do Projeto ICS. Segundo ela, jovens que ficavam sozinhos enquanto as mães saíam para trabalhar agora participam de atividades. “O nosso objetivo é mostrar aos nossos educandos a diversidade cultural presente no mundo, mergulhando na vida de renomados artistas brasileiros como Cândido Portinari e Tarsila do Amaral”, completa.
O Programa de Responsabilidade Social Cooperativista da Unimed-BH, de onde nasceu a Escola de Artes, foi desenvolvido com o objetivo de contribuir com as comunidades próximas às instalações da cooperativa médica. Criado em 2007, o programa já beneficiou mais de 2,4 mil pessoas, incluindo jovens da Escola Municipal São Rafael e do Grupo de Apoio Social Solidariedade (GASS). “Quando nos instalamos, buscamos procurar os moradores vizinhos e perguntamos quais seriam as principais carências, que são muitas. O lazer foi um dos principais quesitos da comunidade. E, por isso, o projeto leva cultura para esses moradores”, explica Cíntia Campos, gestora do instituto.
Essa programação de atividades culturais, que estimulam a expressão corporal, o desenvolvimento do convívio social, a capacidade de trabalho em grupo e o empoderamento dessas crianças e adolescentes, tem trazido benefícios para a comunidade do Morro das Pedras. As metas são reduzir a violência, melhorar desempenho escolar e contribuir para que jovens descubram áreas de interesse.
PAIXÃO “Eu nunca tinha dançado antes, até porque minha família não tinha condições de pagar uma escola privada”, diz a estudante Daiane Rocha Sampaio, de 18 anos, que descobriu sua paixão pelas sapatilhas. “Sempre fui muito tímida e até um pouco antissocial. Foi a Escola de Artes que me ajudou a trabalhar, mudar e enfrentar uma fase complicada, que foi quando o meu irmão faleceu. As aulas de balé foram como uma terapia”, completa.
Finalizando o 3° ano do ensino médio, a jovem sonha em se tornar professora da balé e já deu um passo nessa direção: foi uma das 26 alunas aprovadas nas avaliações de uma das mais conceituadas escolas internacionais de balé, a Royal Academy of Dance, de Londres. O diploma é reconhecido em 84 países e, no Brasil, é aceito pelo Ministério da Educação (MEC).“Com os diplomas da Royal, sei que terei muito mais chances na área da dança. Sou muito grata à equipe e colaboradores da escola de artes por essa grande oportunidade”, afirma Daiane.
Inês Amaral é a coordenadora do Balé e Danças Urbanas e diretora artística do Camaleão Grupo de Dança e fala com orgulho de seus pupilos. Postura, responsabilidade, disciplina, autoestima são algumas das lições de suas aulas. “É emocionante quando percebemos a transformação pela arte. Eu vejo essas adolescentes crescendo, se tornando monitoras. A escola proporciona oportunidades”, declara. O programa é feito em parceria com dois grupos de dança tradicionais de Belo Horizonte: Camaleão e o Núcleo Artístico.
EM FAMÍLIA Embora direcionado para crianças e adolescentes, o programa também aceita inscrições de adultos. A dona de casa Edelvais Queirós Gonçalves Fernandes, de 48, não perdeu a oportunidade e se matriculou em dança de rua. As filhas dela, Júnia Liz Fernandes Silva, de 14, e Elena Liz Fernandes Silva, de 11, também participam. Segundo Edelvais, o projeto faz toda a diferença na vida delas. “Tivemos oportunidade de ter contato com coisas que jamais teríamos. Temos acesso à cultura”, comemora.
No Norte, grafite em sede de projeto
Em Buritizeiro, no Norte de Minas, o domingo será marcado pela inauguração da nova sede do projeto Realizando Sonhos, do Instituto Café Solidário (ICS). O instituto é uma organização filantrópica do Grupo Montesanto Tavares e tem como missão promover o desenvolvimento sociocultural das famílias atendidas na cidade e região, com o acompanhamento pedagógico e a capacitação de monitores do local. O artista mineiro Ataíde Miranda foi convidado para colorir com seu grafite as paredes da instituição no evento de inauguração.
Criado em 2011, o Instituto Café Solidário oferece aulas de pintura, violão, flauta, capoeira, corte e costura, entre outras modalidades para cerca de 130 adolescentes e crianças, de sete a 17 anos. “A população local vive uma situação de vulnerabilidade social e o projeto veio para ampliar os horizontes das famílias atendidas”, conta Patrícia Fonseca, coordenadora-geral do Projeto ICS. Segundo ela, jovens que ficavam sozinhos enquanto as mães saíam para trabalhar agora participam de atividades. “O nosso objetivo é mostrar aos nossos educandos a diversidade cultural presente no mundo, mergulhando na vida de renomados artistas brasileiros como Cândido Portinari e Tarsila do Amaral”, completa.