Uma operação da Polícia Civil terminou na prisão de 10 pessoas envolvidas com roubos e furtos de celulares no Centro de Belo Horizonte. Os aparelhos chegam a ser vendidos nos mesmos lugares. Centenas de telefones foram apreendidos. O resultado das ações foi divulgado nesta quinta-feira. Para tentar impedir o aumento de crimes no período antes do Natal, foi lançada a Operação Barbas de Molho, que prevê a presença ostensiva de policiais civis e guardas municipais nas ruas de toda a capital mineira.
A investigação que culminou com 10 prisões na quarta-feira começou há três meses. De acordo com a delegada Giomara Soares, que é titular da 4ª Delegacia Centro, apenas um dos presos faz exclusivamente a receptação. Todos os outros estão acostumados a cometer os assaltos e furtos e a maioria tem passagens na polícia por esses crimes, além do tráfico de drogas. A chefe das investigações explica que o grupo agia de duas formas. Roubava e revendia imediatamente no varejo, mas também abastecia shoppings populares.
Centenas de aparelhos de procedência duvidosa foram apreendidos de três estabelecimentos do Centro, mas a maioria estava dentro de caixas e embalagens como se estivessem novos, o que também indica a possibilidade de contrabando e falsificação, pois estavam sem nota fiscal. A operação teve ação conjunta das receitas Estadual e Federal.
Segurança nas ruas
O resultado da investigação que prendeu 10 ladrões de celulares foi divulgado junto com a abertura da Operação Barbas de Molho, que prevê a presença ostensiva de policiais civis e guardas municipais nas ruas de toda a capital mineira até 25 de dezembro. O objetivo é aumentar a sensação de segurança da população e tentar diminuir os números de crimes contra o patrimônio.
Segundo o delegado Rogério de Melo Franco, chefe do 1º Departamento da Polícia Civil, 400 policiais serão usados com esse sentido de forma progressiva. “A intenção é proporcionar mais tranquilidade no Natal para as pessoas fazerem suas compras com segurança”, afirma o delegado. Apesar de a operação prever uma função que normalmente não é exercida pela Polícia Civil, o delegado garantiu que as atividades de investigação não serão prejudicadas.
(RB)