Se na década de 1940 a expectativa de vida do brasileiro alcançava apenas os 45,5 anos, pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada ontem revelou que nascidos em 2015 têm uma esperança média de viver 75,5 anos, 30 a mais que naquele período. Em relação a 2014, quando a expectativa indicava a idade de 75,2 anos, a elevação foi de 3 meses e 14 dias. Essas informações estão nas Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil de 2015 que apresentam as expectativas de vida das faixas etárias até os 80 anos. Elas são usadas no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário. Minas ficou na sexta posição entre os estados.
Ainda segundo o IBGE, para a população masculina, o aumento foi de 3 meses e 22 dias, passando de 71,6 anos para 71,9 anos. Já para as mulheres, o ganho foi um pouco menor: 3 meses e 4 dias, ou seja, de 78,8 anos para 79,1 anos. Segundo Márcio Minamiguchi, pesquisador da coordenação de população e indicadores sociais do IBGE, a diferença entre a expectativa de vida de homens e mulheres pode ser explicada por fatores biológicos e comportamentais. “Uma das causas é a probabilidade de um recém-nascido do sexo masculino não completar o primeiro ano, já que o número de abortos espontâneos de fetos masculinos é maior. Outra, é a maior incidência de óbitos por causas violentas no grupo de adultos jovens, entre 15 e 29 anos”, disse.
Mas a realidade pode superar as expectativas. Se existe uma receita para viver mais e com qualidade, ela com certeza tem boas pitadas de atividade. Manter mente e corpo em movimento é a dica que os aposentados belo-horizontinos Edward Castro Dias, de 81 anos, e Dilahy Gomes Dias, de 79, seguem para viver bem. Nascidos na década de 1930 e casados há 56 primaveras, os dois realizam diariamente diversos tipos de atividades. Musculação, pilates, dança e teatro se combinam em uma rotina cheia de movimento e, claro, diversão.
Segundo eles, viajar muito também é um dos ingredientes para a longevidade. Edward conta que, no total, o casal conhece 42 países e que, no Brasil, ainda não conhecem apenas um estado. “Idoso que para enferruja. Para viver mais e melhor é preciso que as pessoas comam bem e façam atividades que acrescentem conhecimento ao dia a dia delas, que trabalhem não só a parte física, mas a mente também”, afirma o aposentado, que também tem como hobby pintar quadros. Edward lembra que desde novo sempre foi muito ativo e que, desde que se casaram, ele e a esposa estão sempre dançando e, inclusive, participam de competições. Segundo Dilahy, é preciso encarar o passar dos anos com alegria: “As pessoas não devem sofrer por ficarem mais velhas. Envelhecer é um motivo a mais para viver com cada vez mais qualidade”.
ESTADOS Minas Gerais ficou na sexta colocação (77 anos) entre as unidades da Federação com maior expectativa de vida ao nascer em 2015. De acordo com a pesquisa do IBGE, a esperança de vida para os homens mineiros é de 74,1 e para as mulheres é de 79,9. Santa Catarina (SC) liderou o ranking, com média de 78,7 anos. No outro extremo, está o Maranhão, com a menor expectativa para ambos os sexos (70,3 anos). “A violência, a saúde pública e os índices de pobreza são fatores relevantes para o posicionamento. Minas Gerais é um estado muito grande e desigual, o que comprometeu a sua colocação”, afirma Minamiguchi.
Ainda segundo o IBGE, para a população masculina, o aumento foi de 3 meses e 22 dias, passando de 71,6 anos para 71,9 anos. Já para as mulheres, o ganho foi um pouco menor: 3 meses e 4 dias, ou seja, de 78,8 anos para 79,1 anos. Segundo Márcio Minamiguchi, pesquisador da coordenação de população e indicadores sociais do IBGE, a diferença entre a expectativa de vida de homens e mulheres pode ser explicada por fatores biológicos e comportamentais. “Uma das causas é a probabilidade de um recém-nascido do sexo masculino não completar o primeiro ano, já que o número de abortos espontâneos de fetos masculinos é maior. Outra, é a maior incidência de óbitos por causas violentas no grupo de adultos jovens, entre 15 e 29 anos”, disse.
Mas a realidade pode superar as expectativas. Se existe uma receita para viver mais e com qualidade, ela com certeza tem boas pitadas de atividade. Manter mente e corpo em movimento é a dica que os aposentados belo-horizontinos Edward Castro Dias, de 81 anos, e Dilahy Gomes Dias, de 79, seguem para viver bem. Nascidos na década de 1930 e casados há 56 primaveras, os dois realizam diariamente diversos tipos de atividades. Musculação, pilates, dança e teatro se combinam em uma rotina cheia de movimento e, claro, diversão.
Segundo eles, viajar muito também é um dos ingredientes para a longevidade. Edward conta que, no total, o casal conhece 42 países e que, no Brasil, ainda não conhecem apenas um estado. “Idoso que para enferruja. Para viver mais e melhor é preciso que as pessoas comam bem e façam atividades que acrescentem conhecimento ao dia a dia delas, que trabalhem não só a parte física, mas a mente também”, afirma o aposentado, que também tem como hobby pintar quadros. Edward lembra que desde novo sempre foi muito ativo e que, desde que se casaram, ele e a esposa estão sempre dançando e, inclusive, participam de competições. Segundo Dilahy, é preciso encarar o passar dos anos com alegria: “As pessoas não devem sofrer por ficarem mais velhas. Envelhecer é um motivo a mais para viver com cada vez mais qualidade”.
ESTADOS Minas Gerais ficou na sexta colocação (77 anos) entre as unidades da Federação com maior expectativa de vida ao nascer em 2015. De acordo com a pesquisa do IBGE, a esperança de vida para os homens mineiros é de 74,1 e para as mulheres é de 79,9. Santa Catarina (SC) liderou o ranking, com média de 78,7 anos. No outro extremo, está o Maranhão, com a menor expectativa para ambos os sexos (70,3 anos). “A violência, a saúde pública e os índices de pobreza são fatores relevantes para o posicionamento. Minas Gerais é um estado muito grande e desigual, o que comprometeu a sua colocação”, afirma Minamiguchi.