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Estado de Minas

Júri é adiado e acusado de matar argentina grávida em BH volta a ser preso

Mulher de 33 anos foi morta com um tiro na cabeça em 2013. Segundo o Fórum Lafayette, réu descumpriu medida e teve a liberdade provisória revogada


postado em 06/12/2016 11:29 / atualizado em 06/12/2016 11:37

Bebê de Maria Silvina foi salvo por uma cesárea de emergência(foto: Reprodução internet/Facebook)
Bebê de Maria Silvina foi salvo por uma cesárea de emergência (foto: Reprodução internet/Facebook)
Foi adiado para 17 de março de 2017 o julgamento do técnico em eletrônica José Antônio Mendes de Jesus, acusado de matar a companheira, a argentina Maria Silvina Valéria Perroti, de 33 anos, em fevereiro de 2013. O júri estava marcado para estar terça-feira no Fórum Lafayette. No mesmo dia, o acusado teve a liberdade provisória revogada.

A audiência estava marcada para 8h30, no 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, e seria presidida pelo juiz Glauco Soares Fernandes. De acordo com a assessoria de imprensa do Fórum Lafayette, o advogado do réu não compareceu por causa de um problema de saúde, e encaminou atestado médico. Assim, o júri foi remarcado.

Ainda segundo o Fórum, ainda nesta manhã, o juiz revogou o direito à liberdade provisória de José Antônio porque ele descumpriu uma medida - saindo em um horário em que devia estar em casa – e foi preso. Ele respondia o processo em liberdade por ser réu primário e não ter requisitos para prisão preventiva.

Relembre o caso

O crime chocou a população da capital mineira. Maria Silvina estava no sexto mês de gestação quando foi baleada na cabeça e jogada em um lote vago. Duas testemunhas disseram à Polícia Militar que havia duas pessoas no carro quando ela foi baleada e atirada na rua. Uma delas garantiu ter visto José Antônio pegar a arma na parte traseira do carro. Outra testemunha disse que o suspeito pegou a mulher pelo pescoço, encostou a arma no queixo dela, disparou dois tiros e fugiu.

À polícia, José Antônio disse que ele e a mulher estavam a caminho do supermercado e o Gol que ele dirigia foi fechado por dois homens numa moto. Segundo ele, Maria Silvina foi baleada e jogada para fora do carro e um dos ladrões teria seguido com ele no carro, acompanhado de um segundo assaltante de moto. Valéria, como era mais conhecida, chegou a ser atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que por meio de uma cesariana de emergência conseguiu salvar o bebê.

O inquérito do crime foi encerrado em abril de 2014. José Antônio foi indiciado por homicídio duplamente qualificado – por motivo torpe e meio que dificultou a defesa da vítima – e tentativa de aborto. Ele chegou a ser preso no Centro de Remanejamento Prisional (Ceresp) São Cristóvão, mas foi liberado dois dias depois. O juiz Carlos Roberto Loyola entendeu que a prisão dele não teve fundamento em provas da autoria na morte da empresária. (Com informações de João Henrique do Vale)


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