O número de cidades que decretaram situação em decorrência de estragos provocados pela chuva em Minas Gerais não para de subir. Dados da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) mostram oito municípios já pediram ajuda ao governo do estado para tentar diminuir os prejuízos com os temporais. O órgão também aguarda a investigação da morte de um jovem atingido por uma árvore em Conselheiro Pena, na Região do Rio Doce, no último domingo. Ele pode ser a quinta vítima do período chuvoso 2016/2017.
O jovem, identificado como Helio Cabral Nogueira, estava na garupa de uma motocicleta conduzida pelo pai, Luiz Carlos Nogueira, de 43. O acidente ocorreu por volta das 21h, próximo ao km 3 da MGC-458. Segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), ventava e chovia muito na região. Quando os policiais chegaram ao local, encontraram a moto caída próximo à árvore. O pai dele estava consciente mas, em estado de choque, não soube informar o que tinha acontecido.
A suspeita levantada pelos policiais é que eles tenham sido atingidos pela árvore. Porém, o caso ainda será investigado. De acordo com a Cedec, ainda é aguardado o laudo pericial com a causa da morte para determinar se foi ou não em decorrência da chuva.
O órgão já contabiliza quatro mortes no período chuvoso 2016/2017. Todos ocorreram na Região do Vale do Rio Doce. As quatro pessoas mortas durante o temporal moravam em Nicolândia, distrito do município de Resplendor. Morreram: Hermínio Gomes, de 64 anos, Hildo Damasceno, de 73, Rita de Fátima Rufino, de 42, e o marido dela, Roberto Carlos Rufino, de 46. Ainda segue desaparecida Maria Soares Ferreira, de 68, mulher de Hermínio.
Situação de emergência
Em um dia, mais cinco cidades entraram para a lista da Cedec depois de decretar situação de emergência. Agora, já são oito municípios que pediram ajuda ao governo estadual. Entraram para a lista Pedra Azul, Santo Antônio do Jacinto, Manga, São Geraldo da Piedade e Itaobim. Os pedidos foram devido a danos provocados por inundações, enxurradas e chuvas intensas.
Os dados mostram que 2.158 tiveram problemas em imóveis, sendo que 1.935 ficaram desalojadas e outras 223 pessoas foram desabrigadas. Os danos também são registrados em construções. O número de casas danificadas já chega a 462. Outras 60 foram totalmente destruídas. Problemas atingiram pontes em diferentes cidades. Já são 29 danificadas e outras 18 destruídas. O número de feridos segue 18.
RB