Jornal Estado de Minas

Com chuva e captação do Paraopeba, diretor da Copasa descarta racionamento em 2017

Captação do Rio Paraopeba começou sua operação em dezembro do ano passado - Foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press - 21/12/2015O diretor de Operação Metropolitana da Copasa, Rômulo Thomaz Perilli, descarta racionamento de água na Grande BH no ano que vem. Em entrevista que foi ao ar nesta sexta-feira na rádio Itatiaia, ele disse que a captação de água no Rio Paraopeba e as chuvas deste período devem garantir a melhora do abastecimento.

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A captação foi inaugurada em dezembro do ano passado. A obra era promessa de solução da crise hídrica que afetou a grande BH no ano passado para os próximos 20 anos. Segundo Perilli, o cenário indica que a previsão deve se confirmar. “Estas chuvas que estão chegando agora permitem a gente dizer o seguinte: que muito antes do que era possível pensar, nós vamos ter os reservatórios extravasando. Então, nós estamos confirmando com essas chuvas agora que não teremos mais racionamento nos próximos 20 anos”, afirma o diretor em entrevista à rádio. “Porque nós estamos hoje com 90 milhões de metros cúbicos a mais nos nossos reservatórios do que nós tínhamos no mesmo dia do ano passado.
Mesmo se vierem secas, a não ser que sejam secas extraordinárias”, diz.

Gráfico mostra comparativo dos níveis dos reservatórios do Sistema Paraopeba entre 2014 e 2016 - Foto: Copasa/DivulgaçãoO diretor de operação da Copasa também informou que a captação do Rio Paraopeba garantiu a economia da água contida nos reservatórios da Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Estamos com chuvas este ano menores do que a média histórica. Mas, mesmo assim, os reservatórios continuam subindo porque nós estamos conseguindo captar água do Rio Paraopeba”, explica. Como informação, o Paraopeba hoje está próximo de 80 mil litros de água por segundo. Então, essa água ia embora, ia para o mar e não servia para a gente. Hoje não.
Hoje nós captamos 5 mil litros por segundo dela, o que nos permite economizar os reservatórios”.

O diretor também não descarta um menor aumento na conta de água para os moradores da região. “Com essa obra já resolvida, nós não temos mais que buscar água com grandes investimentos. Isso vai impactar positivamente a tarifa. E, reduzindo a inadimplência também, todos pagando, o aumento será menor”, analisa.
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