Jornal Estado de Minas

Bandejão da UFMG é invadido e atendimento é suspenso até segunda-feira

Em menos de 24 horas, dois prédios da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foram depredados. Desta vez, o alvo dos vândalos foi o Restaurante Setorial I, situado ao lado da Faculdade de Educação (FaE). Durante a madrugada de quinta-feira, a porta do imóvel foi arrombada. Os invasores tiveram acesso a alimentos. Não há informações se algum material foi roubado. Por causa do crime, o estabelecimento vai ficar fechado até segunda-feira. Na última quarta-feira, o prédio da Faculdade de Letras também foi invadido.

A UFMG já iniciou os trabalhos de limpeza do imóvel.
Como os invasores tiveram acesso a alimentos que estavam nas cubas e câmaras frias, previamente preparados para serem servidos nesta sexta-feira, sábado e domingo, eles tiveram que ser descartados. Segundo a Instituição, foram jogados fora 150 quilos de arroz branco, 82,5 quilos de feijão, 65 quilos de frango, 60 quilos de carne assada e cinco quilos de arroz integral.

O caso será investigado pela instituição. Por meio de nota, a UFMG afirmou que o crime foi cometido por um grupo de estudantes. A segurança do prédio será reforçada durante o fim de semana e até o retorno do funcionamento. “A Reitoria repudia este ato de vandalismo que prejudica diretamente os estudantes assistidos pela UFMG e aqueles que mais necessitam do apoio institucional para se manterem na Universidade. A Administração Central abrirá processo administrativo interno para apurar as responsabilidades pelo ocorrido”, informou a instituição.

Faculdade de Letras

Um processo administrativo foi aberto pela UFMG para apurar a depredação do prédio da Faculdade de Letras que aconteceu na noite de quarta-feira.
Segundo a Universidade, a área localizada nos fundos do edifício, anteriormente conhecida como “Milharal”, que abriga materiais e arquivos, foi destruída por invasores.

Ainda de acordo com a UFMG, no CAD2, unidade que está ocupada desde outubro por estudantes em protesto contra a PEC 55, que estabelece teto para gastos públicos, teve as paredes pichadas em novembro. “Na Faculdade de Letras, que também está ocupada, paredes do anexo foram derrubadas e carteiras destruídas. Parte da estrutura do depósito, localizada atrás do auditório 1007 da Faculdade de Letras, foi colocada abaixo. Um dos postes do estacionamento foi derrubado e usado para demolir a parede. Algumas caixas de livros foram violadas”, disse a Instituição por meio de nota. .