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De acordo com o subtenente Hebert do Carmo, do Corpo de Bombeiros, quando as viaturas chegaram ao local não foi necessário o resgate de pessoas ilhadas. “Não havia ninguém em situação de risco dentro de veículos. A maioria estava sobre os dois ônibus e então procuramos orientar as pessoas para que se tranquilizassem até que a água baixasse. Muitos motoristas e passageiros, quando perceberam que a água estava subindo, deixaram seus carros e procuraram abrigo”, explicou o militar.
O motorista Reinaldo Silva, de 38 anos, estava ao volante do primeiro coletivo da linha 62 (Savassi/Venda Nova) a ficar retido na inundação. “Quando entrei na trincheira a água estava baixa e dava para seguir em frente. Porém, um pouco mais à frente motoristas dos carros pequenos estavam parados e não tive como prosseguir. Ainda coloquei a ré, mais na tentativa de alertar o colega que vinha logo atrás em outro ônibus”, contou.
Wallison José Vidal, de 33, era o condutor do segundo coletivo invadido pela água. “Percebi que meu colega tentou dar ré, mas não teve como eu fazer o mesmo, pois havia carros atrás. Nunca imaginaria que a inundação cobriria mais da metade do ônibus, ficando acima dos assentos. Foi tudo muito rápido e a maior preocupação era garantir a segurança dos passageiros”, disse Vidal.
No primeiro coletivo, de acordo com o motorista, havia cerca de 50 passageiros e a cobradora.
No ônibus dirigido por Wallison, ele calcula que viajavam 20 passageiros, a maioria mulheres. “Houve muita gritaria. Alguns passageiros pediam para tirá-los do ônibus, dizendo que não queriam morrer. Foi uma situação muito tensa, em que não foi possível fazer nada, pois sequer deu para perceber a enxurrada subindo do lado de fora. Quando vi, o interior do veículo estava tomado de água suja”, contou.
O vendedor Ítalo Vieira, de 30, viu seu Fiat Uno ficar prensado debaixo de dois carros depois que a água baixou. “No momento em que eu e mais três colegas percebemos a água subindo e arrastando o carro, tratamos de sair e subir na mureta da linha do metrô. Só que mais à frente havia pessoas pedindo socorro, com seus carros começando a ser arrastados.
Além do trecho da Vilarinho perto da estação do metrô, houve mais alagamentos na Região de Venda Nova, nas ruas Padre Pedro Pinto e Álvaro Camargos que, embora de menor proporção, arrastou veículos. Na Avenida Bernardo Vasconcelos, na Regional Nordeste, o clima também foi de medo, diante da ameaça de que o Córrego Cachoeirinha transbordasse mais uma vez. Também foi emitido alerta da Comdec para moradores próximos à Estação de Tratamento de Esgoto do Bairro Ribeiro de Abreu. Em bairros ao longo da Avenida Cristiano Machado, entre o Dona Clara e Candelária, houve queda de energia.
Vídeos mostram passageiros ilhados em ônibus
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