Um inquérito foi aberto pela Polícia Civil para investigar um crime cometido por dois policiais militares presos na madrugada desta quinta-feira no Bairro Boa Vista, na Região Leste de Belo Horizonte. Os soldados foram flagrados por viaturas dentro de uma residência. Moradores afirmaram que foram ameaçados e que os homens, que estavam armados, tentavam obrigá-los a pagar R$ 3 mil, além de entregar drogas, armas e vender munições para eles. Os acusados negam o crime e dizem que foram ao local atrás de um assaltante. Eles devem responder por extorsão e ameaça.
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Áudio implica mais policiais envolvidos com propina em BH Operação policial prende seis suspeitos de crimes na Região do Rio DocePoliciais militares fecham loja de caça-níqueis na SavassiTrio é preso por tentar extorquir idosa e ameaçar filha dela na Grande BHCom os dois policiais foram encontradas duas armas, uma calibre 380 e outra .40. “A pistola 380 estava com o cano adulterado e com uma preparação para receber silenciador”, explicou o capitão. Durante a ação, a PM encontrou um carro com placa adulterada com fita isolante nas imediações. “Ao avistar a viatura, o motorista fugiu e acabou cercado.
Ao serem questionados, os dois soldados, que não tiveram os nomes divulgados, disseram que estavam nas imediações quando foram abordados por um indivíduo que tentou assaltá-los. Por isso, faziam buscas na região. A versão é contestada por pessoas do bairro. “Moradores e testemunhas alegam que os militares chegaram no local em traje civis. É importante frisar que não estavam em serviço.
A Corregedoria da PM abriu um processo investigatório para apurar a situação. Segundo Santiago, os dois policiais são lotados de um batalhão de Betim e estão há cinco anos na corporação. “A PM não admite nenhum desvio de conduta, já instaurou um processo apuratório. Com a história de ter encontrado munição, o veículo fugir, a placa adulterada e diversos crimes, a PM de imediato fez a prisão dos policiais, pois não coaduna com este tipo de conduta dentro da corporação. Por isso encaminhou para a polícia judiciária para as devidas providências, por se tratar de crime comum”, indagou o capitão.
Na região onde os policiais foram presos, já foram registradas ocorrências de tráfico de drogas, homicídios e encontro de cadáveres. Entre as vítimas dos soldados estavam pessoas com passagens pela polícia. .