A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) oficializou a morte de 10 pessoas no período chuvoso 2016/2017. As últimas vítimas a entrar para foram as três pessoas que estavam em um caminhão engolido por uma cratera na LMG-806, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, nessa quarta-feira. O número pode ser ainda maior. Três pessoas foram soterradas depois que um barranco deslizou e atingiu uma casa em Imbiruçu, distrito de Mutum, na Região da Zona da Mata. Além disso, buscas são feitas por uma criança que estava no veículo engolido pela cratere e por outra mulher que desapareceu em Nicolândia, distrito de Resplendor, na Região do Rio Doce.
Os dados mostram um aumento de 150% no número de mortos em relação a período entre 2015 / 2016, quando foram registrados quatro mortes em decorrência das chuvas. Também já é maior em 66,6% se comparado com 2014/2015. Vale ressaltar que nesses anos, Minas Gerais passou por um período de grande estiagem. Se comparar com as temporadas 2011/2012, 2012/2013 e 2013/2014, os números são bem menores. Nesses anos, foram contabilizadas 20, 24 e 23 óbitos, respectivamente.
Os últimos a entrar para a lista da Cedec foram as três vítimas da tragédia com o caminhão. O veículo caiu em um buraco que se abriu na LMG-806 na madrugada de quarta-feira. O motorista foi socorrido com vida e encaminhado para o hospital. Já Thiago da Silva Soares, de 31 anos, Bruna Fernanda de Jesus, 25, e Sandra de Jesus, 42, não resistiram e morreram no local. Os corpos foram liberados durante a noite do Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte. Bombeiros seguem buscas por uma criança que está desaparecida.
As outras vítimas são: Bianca Cristina de Oliveira, de 11 anos, que morreu após ser arrastada por uma enxurrada com a irmã e outras duas meninas no Bairro Jardim Felicidade, Região Norte de Belo Horizonte, na manhã de terça-feira; Akemi Vieira Yamakoshi, 35, e o filho João Pedro, de 6, que foram soterrados no desabamento de um talude na noite de terça-feria em Juiz de Fora, na Zona da Mata.
As outras quatro pessoas morreram em uma inundação em 18 de novembro em Nicolândia, Leste de Minas Gerais. As vítimas foram surpreendidas pela correnteza quando tentavam sair das casas alagadas. Morreram Hildo Damasceno, de 73, que era cadeirante, Rita de Fátima Rufino, de 42, o marido dela, Roberto Carlos Rufino, de 46, e Hermínio Gomes, de 64 anos. Ele estava dentro de casa com a esposa, Maria Soares Ferreira, de 68, cujo corpo não foi encontrado.
Prejuízos
Além das mortes, os moradores mineiros sofrem com prejuízos. Segundo a Cedec, Minas Gerais tem 2.136 pessoas desalojadas e 223 desabrigadas. Dezoito pessoas ficaram feridas durante as chuvas. Ainda segundo a Defesa Civil Estadual, 730 casas foram danificadas e outras 61 foram destruídas. Em relação as pontes, 32 sofreram avarias e outras 18 levadas pela força da água.