O combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, é uma das preocupações das autoridades de saúde para 2017. Levantamento feito pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA) em outubro mostra que 83% dos focos do inseto estão dentro da residência. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira. A pesquisa mostrou uma preocupação com a região de Venda Nova. A cada 100 imóveis pesquisados na área, em um foram encontradas larvas. O índice é acima do recomendado pelo Ministério da Saúde. Na capital mineira, o índice foi de 0,6%.
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Com pior epidemia da história, Minas lança campanha contra a dengue sem inovaçõesMinas tem mais de meio milhão de casos prováveis de dengue e 247 mortes em 2016BH tem 10 vezes mais casos de dengue este ano do que em 2015População se apresenta para ajudar nos testes da vacina contra a dengueAlém da dengue, a chikungunya e a Zika também preocupam.
O Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) mostra que a população ainda precisa se mobilizar para impedir a proliferação do mosquito. A pesquisa, que mostra os índices de infestação, foi feita em aproximadamente 45 mil imóveis da cidade. Foi comprovado que em a cada 100 imóveis, em menos de um foram encontradas larvas.
A maior preocupação ficou com a Região de Venda Nova. Os índices de infestação foram de 1,1%. O Ministério da Saúde recomenda o índice de infestação larvária até 1% para evitar epidemia. Em segundo lugar, que também requer atenção, foi a Pampulha, com 0,7%, seguida das regiões Nordeste e Noroeste, com 0,6%, Norte, Oeste e Leste com 0,5%, e Centro-Sul, com 0,3%.
Ações
Neste ano, várias medidas foram tomadas pela SMSA para tentar conter o avanço das doenças, porém, as medidas não foram o suficiente. Foram realizados178 mutirões intersetoriais, com visita em mais de 285 mil imóveis, que terminou no recolhimento de quatro mil toneladas de materiais. Outra medida foi a instalação de telas com inseticida, com prioridade para as casas de gestantes devido ao risco da zika.
Para 2017, uma das mudanças será na área assistencial. Será adotado um cartão único com os dados dos pacientes com suspeita e confirmação de dengue, zika e chikungnya.