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Estado de Minas

Audiência pública discute projeto da Samarco para depositar rejeitos em Ouro Preto

Aproximadamente 1,8 mil pessoas participaram do encontro no ginásio de Mariana, na Região Central de Minas Gerais, nessa quinta-feira


postado em 16/12/2016 14:19

Barragem do Fundão se rompeu em novembro de 2015 e matou 19 pessoas(foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA Press 11/11/15)
Barragem do Fundão se rompeu em novembro de 2015 e matou 19 pessoas (foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA Press 11/11/15)

O retorno das atividades da mineradora Samarco foi discutido em audiência pública realizada na noite dessa quinta-feira em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. Aproximadamente 1,8 mil pessoas participaram do encontro no ginásio da cidade. A reunião é obrigatória para no processo de licenciamento do Sistema de Disposição de Rejeito da Cava de Alegria Sul.

A mineradora está inativa desde o rompimento da Barragem do Fundão, em 5 de novembro do ano passado. A tragédia deixou 19 pessoas mortas e provocou o maior desastre ambiental da história do país.

A audiência pública foi realizada para explicar a população sobre um plano da mineradora de aproveitar a cava de Alegria do Sul como depósito de rejeitos. O local fica dentro do complexo de Germano, em Ouro Preto, também na Região Central de Minas Gerais. No início deste mês, a Samarco teve anuência do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia, para utilizar o local.

A cava de Alegria do Sul pode armazenar aproximadamente 17 milhões de metros cúbicos. De acordo com a proposta apresentada, ela seria utilizada por 2 anos e, nesse período, a mineradora se encarregaria de apresentar alternativas para os anos posteriores.

O promotor de Justiça Guilherme de Sá Meneghin, da 2ª Promotoria de Justiça de Mariana, participou do encontro. Por meio de nota, informou que “o MPMG mantém o compromisso de permanecer vigilante por meio da força-tarefa constituída para atuação no caso do rompimento da barragem de Fundão. Ele destacou que “a regularidade do licenciamento, além de requisito legal, é meio de se evitar novas tragédias, sendo benéfico ao meio ambiente, à proteção dos direitos humanos e ao próprio desenvolvimento econômico”.

Os debates também contaram com a participação do Fórum Nacional da Sociedade Civil nos Comitês de Bacias Hidrográficas (Fonasc), da Prefeitura de Mariana, representantes da Samarco e da empresa responsável pelo estudo de impacto ambiental, moradores e vereadores.


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