A sede de Mutum foi alagada por causa da chuva - Foto: Defesa Civil de Mutum
Moradores do distrito de Imbiruçu, distrito de Mutum, na Região do Rio Doce, vive um dia de tristeza e despedida. O clima de comoção tomou conta da cidade nesta sexta-feira durante o velório das três vítimas do deslizamento de terra que atingiu uma casa nessa quarta-feira. O enterro será nesta tarde no cemitério da comunidade. Outras quatro pessoas estavam no imóvel e foram socorridas para hospitais do Espírito Santo. Minas Gerais já tem 13 mortes em decorrência das chuvas neste ano.

O velório das vítimas acontecem em duas igrejas da comunidade. O clima é de tristeza. “Está todo mundo abalado e sem chão. Eu mesmo fui uma das pessoas que foi ajudar no momento da escavação. Fui com muita boa vontade, mas não consegui e passei mal. Todos estão estarrecidos, pois é um menino de quatro anos e os outros dois são bem queridos. Todo mundo comovido”, afirmou o agricultor Agnaldo José de Oliveira, de 27 anos.

A tragédia teve início durante a madrugada. Os moradores foram surpreendidos por um deslizamento de terra e deixaram o imóvel. “Logo que amanheceu, no entanto, eles foram tentar retirar os móveis que estavam no local e aconteceu o segundo, que soterrou a residência toda”, explicou César Tomé, coordenador da Defesa Civil de Mutum. A terra deixou apenas o telhado do imóvel para o lado de fora.

Dentro da residência estavam sete pessoas. Belarino Garcia, de 50 anos, Romário Garcia, de 25, e Micael Custódio da Silva Filho, de 4, morreram. A criança chegou a ser retirada por moradores com vida e encaminhada para um hospital em Ibatiba, no Espírito Santo. Porém, não resistiu aos ferimentos. Outras quatro pessoas foram resgatadas com vida: o pai do garoto, Anilton José Filho, de 36, Ivanilson Martins da Silva, de 18, Eneias Garcia, de 19, e Renato Garcia, 29.



Mutum

Moradores de Mutum e de distritos próximos amanheceram contando os prejuízos e limpando as casas. Na noite de quinta-feira, continuou chovendo na região, o que provocou o transbordamento do rio que passa pela cidade. “Estamos tendo muitas quedas de barreiras nas estradas. O município está trabalhando na remoção desses deslizamentos. Algumas famílias ficaram desalojadas por causa da água que invadiu algumas casas”, explicou César Tomé. Segundo ele, os locais alagados são em áreas de risco. .