Uma das ações dos bandidos ocorreu na Escola Municipal Padre Edeimar Massote, no Bairro Coqueiros, Região Noroeste de Belo Horizonte, de onde foram levadas quatro TVs. Na Escola Municipal Edith Pimenta da Veiga, no Bairro Castanheira, no Bairreiro, foram arrombados todos os escaninhos da sala dos professores, além da sala onde fica a caixa escolar. Os cômodos foram completamente revirados.
O diretor do Sind-REDE/BH, Wanderson Rocha, percebe que os crimes aumentaram depois da demissão dos 500 vigias noturnos que faziam a segurança das instituições. “Eram raríssimos os casos de arrombamentos e roubos. Após a demissão dos vigias isso tornou-se uma crescente. Tem até o caso da (Umei) Nova Esperança, que foi quatro vezes arrrombada, levaram a alimentação das crianças”, comenta. “Os vigias noturnos eram do entorno das comunidades. Eram pessoas conhecidas, e havia esse sentimento de pertencimento da escola”, analisa.
Segundo Rocha, de setembro de 2016 até agora, o sindicato recebeu pelo menos 20 denúncias de crimes contra escolas municipais de BH e Umeis. Ainda segundo o diretor, a entidade acionou o Ministério Público sobre a demissão dos vigias e porteiros e a empresa que faz a segurança dos locais atualmente.
A Secretaria Municipal de Educação (SMED) informa que está ciente das ocorrências nas duas escolas, que ainda estão fazendo o levantamento de seus prejuízos. Da Escola Municipal Padre Eidemar Massote foram levados: três computadores, dois microsystems, uma caixa de som amplificadora, quatro aparelhos de dvd, oito bolas novas de futsal, um micro-ondas e duas máquinas fotográficas digitais. Já na Escola Municipal Edith Pimenta da Veiga, a secretaria informa que houve atos de vandalismo que resultaram nos fios do alarme cortados, cadeados dos escaninhos quebrados, e um rádio e uma blusa roubados. Ainda segundo a secretária, as duas unidades estão em funcionamento normal.
A SMED informa, por meio de nota, que os casos de arrombamentos ocorridos na Rede Municipal de Educação são pontuais, como sempre foram nos últimos anos. Quanto ao Sistema de Vigilância Eletrônica instalado em todas as unidades escolares, a partir de junho de 2016, por ser um sistema relativamente novo está sendo cuidadosa e assiduamente acompanhado pela SMED e pela Guarda Municipal, com avaliações sistemáticas junto à empresa contratada para os ajustes necessários, a fim de torná-lo cada vez melhor e mais eficiente. "Vale ressaltar que a Vigilância Eletrônica é apenas um item que compõe a segurança no ambiente escolar que, inclusive, conta também com porteiros físicos durante todo o tempo de permanência de alunos e funcionário", diz a nota.
A SMED já repassou ao Ministério Público de Minas Gerais todas as informações requisitadas. A contratação da empresa de monitoramento foi realizada, via Caixa Escolar, conforme art. 6º do Decreto 14.809, de 30 de janeiro de 2012, que afirma, "a Secretaria Municipal de Educação licitará ou solicitará a realização de processos de licitação para a contratação de serviços ou aquisição de bens dotados de complexidade técnica e/ou usualmente necessários para o funcionamento das escolas. Os bens e serviços que não forem objeto de licitação e contratação pela Secretaria Municipal de Educação serão objeto de contratação pelas Caixas Escolares.”