... e passeio da Rua Major Lopes, no São Pedro - Foto: Juarez Rodrigues/EM/DA PressA ventania que atingiu Belo Horizonte nos dois meses tempestuosos desta temporada de chuvas (novembro e dezembro) derrubou e deixou em situação de risco várias árvores. Na sexta-feira foi registrado o vento mais potente pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec-BH), com rajadas de até 90 km/h – para se ter uma ideia, os furacões se formam a partir de 108 km/h. E o resultado dessa energia desprendida durante essas tormentas está por toda a capital mineira. Só o Corpo de Bombeiros registrou 45 quedas de árvores em toda a cidade, enquanto a Comdec-BH computou 35 relacionadas ao fenômeno bloqueando ruas, passeios, atingindo carros, muros e residências. Muitas delas são serradas, mas as partes seccionadas acabam sendo deixadas nos canteiros centrais e passeios em vez de serem recolhidas pelos órgãos competentes. No caso das árvores manejadas pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e pelo Corpo de Bombeiros Militar (Cobom), cabe às nove secretarias de Administração Regional da capital providenciar o transporte dos troncos, galhos e folhas em cada região sob sua responsabilidade.
Na Avenida Afonso Pena, no Centro, a poucos metros do edifício-sede da PBH, uma das árvores que caiu perto da Rua dos Tupis ainda estava espalhada pelo passeio até o meio da tarde de ontem, encobrindo vagas de deficientes, lixeiras e um telefone público. No Bairro Funcionários, Região Centro-Sul, uma das árvores da Rua Ceará, altura da Rua Santa Rita Durão, desabou derrubando inclusive o cabeamento de um poste próximo na última sexta-feira. Os pedaços de madeira e folhagem ainda estavam ontem no passeio, bem como os fios e suportes da rede que caiu do poste da Cemig.
No Bairro São Pedro, também no Centro-Sul, uma árvore que ameaçava cair sobre carros e bloquear a Rua Major Lopes, na altura do cruzamento com a Rua São Domingos do Prata precisou ser cortada pelo Cobom na última sexta-feira.
Contudo, depois de a madeira ter sido fatiada e empilhada sobre o passeio, bloqueando inclusive a passagem de pedestres, não havia nem sinal dos caminhões da Administração Regional Centro-Sul para recolher esses restos.
A PBH informou, por meio da Regional Centro-Sul, que o recolhimento é feito de acordo com a prioridade – fechamento de trânsito ou iminência de queda de árvore. “Se há pouca demanda, o recolhimento é feito de um a dois dias, mas no caso de grande volume, como está ocorrendo nos últimos dias devido às chuvas, demora um pouco mais”. A administração municipal garantiu ,por meio de nota, que no fim de semana do Natal não haverá mais nenhuma árvore derrubada pelas chuvas da última sexta-feira a ser removida. “Até sexta-feira, o material será recolhido em sua totalidade. O destino do que for recolhido é o aterro sanitário. (A PBH) Esclarece ainda que, no caso de serviços feitos pela Cemig, o recolhimento é realizado pela própria concessionária”.
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