O Ministério da Integração Nacional reconheceu a situação de emergência de mais uma cidade mineira. Desta vez, Marilac, na Região do Rio Doce, quem vai receber a ajuda do Governo Federal. A cidade foi atingida por um forte temporal em 24 de novembro. Pontes foram destruídas e deixaram a comunidade isolada. Na última terça-feira, Resplendor, na mesma região, também teve o reconhecimento.
A medida garante o acesso das Prefeituras às ações de apoio da Sedec-MI para socorro, assistência, restabelecimento de serviços essenciais e recuperação das áreas danificadas. “Além de assegurar o apoio financeiro, material e logístico, complementar à atuação dos estados e municípios, o reconhecimento federal também viabiliza o acesso à outras medidas emergenciais como a renegociação de dívidas no setor de agricultura junto ao Banco do Brasil, a aquisição de cestas básicas, a retomada da atividade econômica com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre outros benefícios”, afirmou o Ministério da Integração Nacional, em nota.
Os problemas em Marilac aconteceram em 24 de novembro. Um temporal atingiu a região da cidade e provocou transtornos para os moradores. Uma ponte que ficava na MGC-451 foi levada pela correnteza. Outra estrutura sofreu danos em Chonim, outro acesso da cidade. Casas da zona rural foram alagadas pela enchente.
Esta é a segunda cidade que teve o reconhecimento do Governo Federal nesta semana. Na terça-feira, foi Resplendor. O município sofreu com temporais. Em novembro, a chuva provocou uma tromba D'água no distrito de Nicolândia. Três córregos que cortam a comunidade encheram e arrasaram vários imóveis. O Estado de Minas esteve no local e mostrou a destruição. Antes mesmo de entrar da cidade, já é possível notar a força que água adquiriu. A ponte sobre o Córrego Floriano Vitt sofreu avarias e foi interditada e só foi liberada depois de ser soterrada. Quatro pessoas morreram. Hermínio Gomes, de 64 anos, Hildo Damasceno, de 73, que era cadeirante, Rita de Fátima Rufino, de 42, e o marido dela, Roberto Carlos Rufino, de 46. Ainda está desaparecido o corpo de Maria Soares Ferreira, de 68.
Os municípios terão que apresentar um Plano de Trabalho ao Ministério da Integração Nacional, por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), para receberem o apoio. A medida tem vigência de 180 dias.
Outras cidades
Balanço divulgado nesta quinta-feira pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) mostra que 11 cidades decretaram situação de emergência por causa da chuva. Durante os temporais, 14 pessoas morreram e outras duas seguem desaparecidas. Outras 21 ficaram feridas. Ao todo, 2.396 pessoas estão desalojadas e 223, desabrigadas. Mais de 730 casas foram danificadas e outras 61 foram destruídas. Em relação as pontes, 36 sofreram avarias e outras 18 destruídas.