O Ministério das Relações Exteriores (MRE) está em busca do paradeiro de um grupo de brasileiros que tentava emigrar para os Estados Unidos de barco passando pelas Bahamas. De acordo com familiares, o barco teria 19 pessoas, 14 brasileiros, três dominicanos e dois timoneiros de origem norte-americana. Os desaparecidos são de Minas Gerais, Pará e Rondônia. De acordo com o MRE, as informações sobre o desaparecimento foram passadas pelos familiares que estão sem notícias dos parentes.
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Grupo de 19 brasileiros desaparece ao fazer travessia para os EUAConta de luz ajuda pai a encontrar filho desaparecido há três anos em MinasPF prende dois em Minas em ação contra coiotes que fazem travessia ilegal para os EUAAdolescente de 17 anos é morto dentro de casa em CaetéO ministério informou que está em contato com os familiares e as autoridades de Bahamas e dos Estados Unidos e que várias buscas foram feitas no mar para ver se há vestígios de naufrágio ou se o barco estava à deriva. O Itamaraty disse que não pode divulgar os nomes dos desaparecidos enquanto o caso estiver em aberto, em razão de determinações legais. Tanto a embaixada brasileira em Nassau, capital das Bahamas, quanto o consulado brasileiro em Miami, nos EUA, estão atuando no caso, de acordo com o Itamaraty. O grupo estaria sumido desde 6 de novembro.
Entre os desaparecidos, cujos nomes foram revelados pelas famílias em pedidos de ajuda nas redes sociais, estão Márcio Pinheiro de Souza e Renato Soares de Araújo, de Sardoá, Leste Mineiro, Arlindo de Jesus Santos, do Pará, Diego Gonçalves de Araújo, Bruno de Oliveira Souza Martins e Reginaldo Ferreira, todos três de Rondônia. De acordo com reportagem publicada pelo jornal Brazilian News Agency, com sede nos Estados Unidos, os familiares informaram que a guarda costeira americana teria procedido a buscas na região do suposto naufrágio, sem, contudo, encontrar vestígios da embarcação, e de seus passageiros.
A expectativa é de que eles estejam detidos já nos Estados Unidos ou nas Bahamas.
Em relato feito na internet, a mãe de Diego, Marta Gonçalves, disse que já entrou em contato com a embaixada em Nassau, que garantiu que ele não está preso lá. “Mas eu não acredito. Até porque não tem como ter acontecido um naufrágio e não ter escapado nenhuma pessoa e a guarda costeira também não ter achado vestígio de nada”. Para ela, eles estão presos “em um lugar muito difícil e não têm como entrar em contato”. Nas redes sociais muitos familiares criticam a atuação do MRE no caso.
Cada um dos que tentavam atravessar teriam pago cerca de US$ 20 mil dólares para um coiote que atua na região de Governador Valadares, Rio Doce e Vale do Aço.